Polícia conclui inquérito dos assassinatos de mãe e filho no Piauí; ex-companheiro será indiciado

No dia do crime, o homem invadiu a residência, ateou fogo no local, atirou e esfaqueou a mulher até a morte

A Polícia Civil do Piauí concluiu o inquérito dos assassinatos de Helioene de Andrade e Flávio Henrique de Andrade Pereira, de 13 anos, na cidade de Altos, no Piauí, no início do mês de maio. Marcos Fortes de Sousa, ex-companheiro da vítima, é o principal suspeito do crime e será indiciado por feminicídio, homicídio qualificado, além de duas tentativas de feminicídio.

"O crime de feminicídio porque havia uma relação de afeto e íntima entre homem e  mulher, e como envolvia outras mulheres, a sogra e a cunhada do indivíduo, a gente entende também que foi por razão de serem do sexo feminino. Ele está respondendo a um feminicídio consumado, dois tentados com agravante de uma das vítimas ter acima de 60 anos, e o homicídio qualificado do adolescente", explicou o delegado André Moreno ao A10+.

 

Segundo moradores, suspeito não aceitava o fim do relacionamento com a ex-esposa
Reprodução


Com requintes de crueldade, o homem invadiu a residência, onde ateou fogo, atirou e esfaqueou a mulher até a morte. O fogo se alastrou pelo imóvel atingiu o filho, a mãe e a irmã da vítima. O menino Flávio Henrique de Andrade Pereira, de 13 anos, morreu após uma semana internado no Hospital de Urgência de Teresina.

"Por não se conformar com o término do relacionamento, ele invadiu a casa da ex-companheira, munido de gasolina, arma de fogo, faca e atentou contra a vida dela. O individuo teria ateado fogo na ex-companheira, depois efetuado disparos de arma de fogo, e facadas, uma delas no pescoço. Teria jogado gasolina contra a irmã e mãe da vítima, elas ficaram queimadas e foram encaminhadas ao hospital. O adolescente de 13 anos não resistiu aos ferimentos das queimaduras", disse.

  

Adolescente ficou internado por uma semana em hospital, mas não resistiu
Reprodução


Após o crime, Marcos também atentou contra a própria vida. "No momento, o autor ainda se encontra custodiado e internado, com escolta policial. Pende contra o autor decisão de prisão preventiva. O inquérito contém quase cento e cinquenta páginas e acreditamos estar devidamente instruído, com elementos suficientes para o oferecimento da denúncia, inclusive com indiciamento", afirmou.