A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) divulgou nesta segunda-feira (04) novos detalhes sobre o assassinato de Ezequias Castro da Silva, de 62 anos, ocorrido na noite do dia 1º de agosto no bairro Novo Horizonte, região do Grande Dirceu, zona Sudeste de Teresina. A principal linha de investigação aponta duas possíveis motivações: um processo por estupro que a vítima respondia desde 2024 ou a perda de uma arma de fogo pelo filho adolescente do idoso.
Segundo informações da polícia, a vítima estava em casa quando dois homens chegaram ao local chamando por ele. Ao se aproximar, Ezequias foi surpreendido e atingido por pelo menos dois disparos de arma de fogo, sendo um na mão e outro no tórax.
“Desde o primeiro momento estivemos no local, levantamos tudo de relevante para conseguirmos mais informações sobre a autoria e motivação. O que a gente sabe é que a vítima já respondia por um crime de estupro e, recentemente, ela tinha tido um problema referente a uma arma de fogo que seu filho teria perdido e que tinha sido cobrado dele. Essa arma teria sido paga, mas a gente não sabe se o desfecho dela se deu com o simples pagamento. A gente continua investigando para que possamos definir qual dessas linhas de investigação nos levará aos autores”, afirmou o delegado Bruno Ursulino à TV Antena 10.
Ainda segundo Ursulino, a investigação também busca entender melhor o contexto do crime de estupro, quem é a vítima e se há indícios de possível vingança.
“O que a gente sabe é que existe esse crime de estupro que ele responde e que aconteceu em 2024. Mas a gente precisa saber quais circunstâncias se deram, quem é a vítima, quem são os responsáveis por ela, para que possamos apurar se essas pessoas mantinham contato, se tinham de fato a natureza de vir atrás de vingança. Da mesma forma pelo outro lado, a questão dessa arma de fogo que o filho teria perdido; ele teria sido descoberto com ela dentro de uma escola em que ele estudava. A PM, quando soube, apreendeu essa arma e o adolescente. A gente sabe que uma arma de fogo é perdida, ela é cobrada pelo seu dono. Tudo isso estamos apurando”, explicou o delegado.
A Polícia Civil está ouvindo familiares da vítima para entender se Ezequias vinha recebendo ameaças ou se havia outros fatores que possam ter motivado o assassinato. Nenhum suspeito foi preso até o momento e o caso segue sob investigação.