A defesa do policial da reserva da Polícia Militar do Piauí, suspeito de ter matado uma pessoa em situação de rua na manhã de ontem (1º) no bairro Pio IX, na zona Sul de Teresina, alegou que a ação foi em legítima defesa. Roberto Jarbas da Silva, de 53 anos, teria envolvimento com furtos na região.
Ao A10+, o advogado Otoniel Bisneto pontuou ainda que o policial aposentado, de aproximadamente 85 anos, é acometido de Alzheimer e que tentou apenas repelir uma suposta agressão do morador de rua, que tinha uma capacidade física maior que a dele.
“Ele já beira os 85 anos de idade que, supostamente, foi atacado pela vítima e que já vinha sendo acossado por alguns indivíduos que moram na vizinhança, moram próximos a ele. É um senhor que padece de Alzheimer, já há algo em torno de dois anos. Então, não tem muito o que se falar porque basicamente tentou repelir uma agressão que partiu de um sujeito que tinha a capacidade física muito maior que a dele e sacou do seu único instrumento de defesa que era o revólver”, disse o advogado.
O policial e arma utilizada serão apresentados nos próximos dias no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará a cargo das investigações. O crime aconteceu na Rua Simplício Mendes, por volta das 6h40. Otoniel Bisneto destacou ainda que seus familiares também levarão os laudos do idoso.
Sobre o PM da reserva estar armado, diante da condição física e mental, o advogado pontuou que as questões serão explicadas para a Polícia Civil durante o processo do caso. Ele chamou atenção que seu cliente passou a ser alvo de represálias.
“Mais detalhes, fica bem difícil se apurar. Isso vai ficar por conta da investigação porque o policial militar já é um idoso e como ele já está padecendo um pouco do mal de Alzheimer ele já não consegue contextualizar a história concatenar bem as ideias para reproduzir efetivamente o que realmente aconteceu. Mas diante desse entorno o que chama atenção é que agora ele passou a ser ameaçado, ele virou alvo de represálias, de possíveis represálias e fica a indagação quem é que vai proteger um cidadão que prestou 40 anos de serviço e jurou um dia sacrificar a própria vida em nome dos outros. Bom, fica esse questionamento quem vai proteger o protetor?”, completa a defesa.