Familiares de Gabriel Assunção Castro, que morreu ao ser atropelado por uma picape na noite desta quarta-feira (20) em União, se reuniram na porta da Delegacia de Polícia Civil da cidade para cobrar das autoridades celeridade nas investigações sobre o caso. O A10+ esteve na cidade e apurou que o delegado Nathan Cardoso conversou, a portas fechadas, com Larissa Assunção, irmã da vítima.
Ao A10+, ela relatou que a investigação descobriu que o veículo que atropelou seu irmão teria sido retirado do local do acidente por um guincho privado. “Eles já iniciaram a investigação. A gente já sabe que o carro foi retirado do local por um reboque particular. Uma pessoa contratou um reboque particular ontem mesmo para tirar o carro do local. E a gente já tem o contato e a placa do reboque que fez isso. E eles já deram início às investigações, mas não podem comentar muita coisa”, disse.
O delegado Nathan Cardoso, titular da delegacia de União, detalhou que foram realizadas diligências para apurar o acidente, mas a identidade do suspeito ainda é desconhecida. Ele ainda destacou que aguarda o laudo pericial para afirmar se foi um acidente ou um homicídio culposo.
"As informações ainda estão sendo colhidas, vamos ouvir todas as testemunhas e a partir disso a gente vai muito provavelmente chegar à autoria do acidente, e se houve algum delito. A gente não pode afirmar antes desse laudo pericial se foi um acidente ou se foi realmente um homicídio culposo no trânsito, então a gente tem que ter muito cuidado com as afirmações. Afirmações. A gente aguarda esse laudo e, após isso, com certeza tomaremos todas as providências que são cabíveis. Até o momento, o motorista do caso do atropelamento, ele ainda é considerado desconhecido na investigação”, disse ao A10+.
O caso
Gabriel Assunção, de 27 anos, estava pedalando pela PI-112 com mais uma amiga e uma prima quando foi atropelado por uma caminhonete que estaria em alta velocidade. Ele era estudante de enfermagem e tinha uma loja de roupas masculinas. A batida foi tão violenta que a bicicleta que o jovem estava partiu ao meio.
“Eu peguei a minha bike e fui atrás do carro e foi a hora que eu entrei na frente dele e fiquei lá batendo no vidro, dizendo que era pra ele ajudar a gente, pra prestar socorro e que não era pra fugir. Foi a hora que ele saiu do carro e eu fiquei segurada no braço dele. Só que eu tinha que voltar pra socorrer o Gabriel, eu não estava achando ele. Eu pedi para um carro que ia passando pra me ajudar, mas eu fiquei todo tempo segurada no braço dele. Só que aí depois eu soltei”, disse Layane, amiga de Gabriel.
Gabriel era estudante de enfermagem e empresário. Larissa contou que seu sonho era concluir o curso e seguir trabalhando na área. “Ele tinha 27 anos, ele era estudante de enfermagem. Próximo ano ele já ia estagiar, estava dando tudo certo, estava indo tudo bem. A gente trabalhava na loja durante o dia e a noite ele ia pra faculdade. Ele sonhava muito em ser enfermeiro, era o sonho dele. E aí vem essa pessoa e destruiu tudo. A gente não sabe quem é, não prestou socorro e deixou ele lá como se fosse um animal. A gente pede justiça porque o Gabriel era amado por todo mundo”, completou a irmã.