A conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump deve ocorrer na próxima semana, por telefone ou videoconferência, como apurou o R7 com fontes próximas às negociações.
A avaliação é de que um encontro presencial entre os dois dificilmente ocorreria, devido às agendas. Lula está em Nova York, nos Estados Unidos, até esta quarta (24), quando retorna ao Brasil.
Os dois discursaram mais cedo nesta terça, na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e se encontraram brevemente, por cerca de 20 segundos, nos bastidores.
O “esbarrão” foi entre o fim da fala de Lula e o início da declaração de Trump. Historicamente, o Brasil é o primeiro a discursar na conferência. O petista defendeu o multilateralismo e criticou as tarifas aplicadas pelos EUA contra o Brasil.
Ao R7, pessoas que presenciaram o aperto de mão disseram que o encontro foi mutuamente cordial.
Na fala, o norte-americano elogiou o brasileiro e afirmou que tiveram uma “química excelente”. Trump também confirmou a conversa entre os dois na próxima semana.
“Nos abraçamos”, detalhou. “Ele me parece um homem muito agradável. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas que eu gosto. Tivemos, ao menos por 39 segundos, uma excelente química. É um bom sinal. Sem a gente [EUA], eles [Brasil] vão falhar assim como outras nações”, comentou Trump.
A fala foi feita após o presidente americano discursar sobre as tarifas comerciais aplicadas pelos EUA aos demais países.
Segundo o republicano, a medida é um mecanismo para garantir a “soberania e segurança” do país, justificando, ainda, que durante “muitos anos”, diversas nações foram “injustas” com os EUA.