Defesa de Ibaneis Rocha pede ao STF retorno do governador ao cargo

Solicitação da defesa foi feita ao Supremo Tribunal Federal na noite desta quinta (9); chefe do Executivo do DF está afastado desde 9/1

A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), confirmou ao R7 que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quinta-feira (9), o retorno do governador ao cargo. Os detalhes ainda serão divulgados, mas a solicitação é para que a decisão da Corte, válida até 9 de abril, seja reconsiderada.

  

Ibaneis Rocha, governador afastado do Distrito Federal
RENATO ALVES/AGÊNCIA BRASÍLIA
   

De acordo com o advogado Cleber Lopes, que integra a equipe de defesa de Ibaneis, o governador afastado espera ser reconduzido ao comando do Palácio do Buriti antes do fim do prazo. O emedebista foi afastado da função no dia 9 de janeiro, horas após manifestantes extremistas terem invadido e depredado o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

No dia dos atos de vandalismo, Ibaneis divulgou um vídeo (assista abaixo) em que pede desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); à presidente do STF, a ministra Rosa Weber; e aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente.


Investigação da Polícia Federal

O pedido da defesa foi feito ao STF após a perícia feita pela Polícia Federal no celular do governador afastado constatar que ele não se omitiu diante dos episódios registrados em Brasília em 8 de janeiro.

Segundo a corporação, desde o dia anterior Ibaneis manteve contato com autoridades do governo federal, do Congresso Nacional, do STF e de órgãos de segurança do DF para tentar impedir os atos de violência na capital federal.

Governadora em exercício

Após o afastamento de Ibaneis, o Executivo distrital foi assumido pela vice-governadora, Celina Leão (PP), que reconheceu que houve uma falha no comando da polícia durante os atos de vandalismo.

Para a governadora em exercício, Ibaneis "recebeu várias informações equivocadas durante todo o momento da crise" e não tem participação na depredação das sedes dos Três Poderes da República.