(Atualizada às 18h34)
O presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira, teceu fortes críticas ao posicionamento do Partido dos Trabalhadores (PT) diante da vitória do presidente Nicolás Maduro, nas eleições venezuelanas. Além disso, a oposição quer propor a convocação do ministro das Relações Exteriores no Senado para explicar a postura do país com o resultado.
Para o senador piauiense, O PT chama os adversários de golpistas no Brasil, mas para o “ditador Maduro assinou nota e balançou o rabo” para um resultado que nem o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) reconhece.
“O PT chama os adversários de golpistas no Brasil, mas para o ditador Maduro assinou nota e balançou o rabo para um resultado que nem a OEA reconhece. O PT golpista manda recado para o mundo que é contra a democracia. Mas o PT e o governo não falam pelos brasileiros. Defendemos a democracia aqui e no mundo”, escreveu o senador em sua conta no Twiiter.
O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) proclamou no último domingo (28) a vitória do presidente Nicolás Maduro, que obteve 5,15 milhões de votos (51,2%), conforme anunciado pelo órgão eleitoral venezuelano. Maduro declarou o resultado como “irreversível”. Maduro inicia seu terceiro mandato, que vai até 2031, em janeiro.
Em seu comunicado, o Partido dos Trabalhadores classificou o processo eleitoral como em uma “jornada pacífica, democrática e soberana”, ressaltando ainda que estará “vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa”.
O presidente Lula se pronunciou pela primeira vez sobre o resultado, minimizou as denúncias de fraude e afirmou que "não há nada anormal" no processo eleitoral da Venezuela. Para Ciro Nogueira, “diante da omissão”, irá propor a convocação do ministro das Relações Exteriores no Senado.
“Diante da omissão, do silêncio, da conivência e da falta de reação perante o novo golpe perpetrado por Maduro em sua ditadura na Venezuela, vamos propor a convocação do ministro das Relações Exteriores no Senado com urgência. Para tentar explicar o inexplicável”, pontua.
A eleição venezuelana é acompanhada por diversos observadores internacionais. No caso brasileiro, Amorim é o responsável por analisar o pleito do país vizinho. Durante a campanha, Maduro afirmou que, caso não vencesse, a Venezuela poderia enfrentar uma guerra civil, inclusive com “banho de sangue”.