O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal. A ação aconteceu após terroristas invadirem e depredarem a praça dos três poderes em Brasília. Ibaneis Rocha é filho de piauienses e passou parte da infância no estado.
Apesar de ter nascido em Brasília, Ibaneis passou parte da infância morando com os pais em Corrente, Sul do Piauí. Em sua graduação, Ibaneis se mudou para Brasília onde conseguiu se formar em Direito pelo Centro Universitário de Brasília.
Após um longo tempo atuando como advogado, Ibaneis ingressou na carreira política concorrendo em 2018 ao cargo de governador do DF derrotando no segundo turno o então governador Rodrigo Rollemberg. Em 2022, Ibaneis foi candidato a reeleição vencendo ainda no primeiro turno.
Decisão de afastamento
Na tarde deste domingo (08) atos terroristas aconteceram na Praça dos Três Poderes em Brasília quando apoiadores do ex-presidente Bolsonaro depredaram, invadiram e roubaram objetos dos Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, além da Congresso Nacional.
A decisão de afastamento de Ibaneis Rocha, Moraes alega que o então governador teve "conduta dolosamente omissiva" por ter feito declarações públicas "defendendo uma falsa "livre manifestação política em Brasília" – mesmo sabedor por todas as redes que ataques as Instituições e seus membros seriam realizados – como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante aos realizados nos últimos dois anos em 7 de setembro, em especial, com a proibição de ingresso na esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas; tendo liberado o amplo acesso."
Com a decisão de Moraes, Ibaneis precisa deixar o cargo imediatamente, assim que for oficialmente notificado. Quem assume é a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP).
Ibaneis Rocha (MDB), divulgou um vídeo (assista abaixo) no início da noite deste domingo em que pede desculpa ao presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gravação foi publicada depois que manifestantes radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
O chefe do Executivo distrital também pede desculpa à presidente do STF, a ministra Rosa Weber, e aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente.