A febre dos cigarros eletrônicos já é reconhecido como uma epidemia mundial assim como o uso do cigarro comum. Os mitos são constantemente desmitificado por médicos que apontam os malefícios do uso dos vapes. Em entrevista ao Bom Demais, da TV Antena 10, a pneumologista Dra. Jyselda Duarte afirma que os cigarros eletrônicos acabam criando uma dependência maior ao usuário. Ela também descreve como o dispositivo virou febre, principalmente entre os mais jovens.
ilustrativa
"A diferença é que o cigarro tradicional tem combustão, e o eletrônico é sobre o dispositivo eletrônico para fumar, não tem a queima. Porém são vários modelos e a grande maioria contém nicotina e outras substâncias que a gente acaba nem sabendo o que tem no líquido. É completamente mito e pode causar danos até maiores que o cigarro tradicional. Porque alguns modelos de cigarro eletrônico contem pó de nicotina que tem o poder de dependência maior que o tradicional. E muitas vezes o usuário vai se tornar dependente em um período mais curto", afirma a médica.
A médica também esclarece que o cigarro eletrônico não é um dispositivo novo, mas ganhou maior notoriedade quando a industria de cigarros massificou o uso devido a redução sentida no uso de cigarros convencionais.
"O problema é que a mídia está realmente direcionada para o jovem. Adolescente de 12 e 13 anos iniciando o uso do cigarro eletrônico porque está sendo muito falado que não causa mal a saúde. Isso realmente não é verdade. A gente já viu que causa os mesmos efeitos que o cigarro tradicional causa. Então a gente precisa realmente proteger os jovens, adolescentes", explica.
Jade Araujo / Portal A10+
No Piauí, uma lei foi sancionada recentemente e proibi o uso de cigarro, eletrônicos ou não, em locais de uso coletivo, públicos ou privados. A Dra. Jyselda Duarte afirma que já foram identificadas mais de 80 substâncias tóxicas associadas ao desenvolvimento de câncer.
"Eles podem causar laringite, pode causar doenças nas cordas vocais e como são varias substâncias tóxicas inaladas, são as mesmas patologias do cigarro tradicional. O problema é que o cigarro eletrônico faz o aquecimento. Ele aquece e aquele inalado é em uma temperatura muito alta e essa temperatura causa lesão tanto na via aérea superior, quanto laringe e traqueia, quanto na via aérea inferior", narra.
Em caso de sintomas como tosse excessiva, dificuldade de respirar e secreção o recomendado é procurar um médico pneumologista. O profissional também é recomendado para quem deseja larga o uso de nicotina que de acordo com a dependência faz a recomendação de uso de medicamentos.