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Uma reunião entre mães atípicas e representantes do Procon, em Teresina, aconteceu nesta quarta-feira (29). As mães cobram do plano de saúde Humana que os filhos com autismo tenham acesso às terapias garantidas por lei e essenciais ao tratamento das crianças.
Segundo os relatos à TV Antena 10, o principal problema é a alta rotatividade de terapeutas, o que afeta diretamente o desenvolvimento dos pacientes.
"É uma grande rotatividade de terapeutas, crianças que chegam a ter três terapeutas em dois meses, quebrando totalmente a continuidade do tratamento. Isso gera uma regressão no tratamento porque muitas crianças têm rigidez cognitiva, por isso que é muito importante o vínculo terapeuta", disse Leilane Santana, mãe atípica.
As mães afirmam que buscam uma conciliação com o plano de saúde, mas, diante da gravidade da situação, o deputado Franzé Silva e o promotor Nivaldo Ribeiro não descartam a possibilidade de pedir a prisão dos responsáveis pela Humana Saúde no Piauí.
"Já temos uma medida judicial e vamos executar. Inclusive pedir ao juiz que, se for o caso de desobediência, que seja preso o gerente da Humana que não está cumprindo essas medidas", falou o promotor Nivaldo Ribeiro.
Segundo o deputado estadual Franzé Silva, a ação do plano de saúde desrespeita as famílias e os órgãos públicos.

"Estamos aqui no Ministério Público e vamos ao Tribunal de Justiça para pedir que eles se imponham aos planos de saúde. É um total desrespeito ao Poder Judiciário, à ação do Procon. As famílias devem ser protegidas", disse à TV Antena 10.
Além disso, mães relatam aumentos abusivos nas mensalidades. "O plano é de R$ 229,80 e a cobrança no mês de setembro veio R$ 4 mil, em outubro veio mais de R$1.000. Tive que entrar com o processo e o plano está com tutela de urgência por conta do processo e estou vendo o que vai dar. Não consigo pagar, sou mãe solo, trabalho como autônoma", disse Maria de Lourdes, mãe atípica.
O caso segue sendo acompanhado pelo Ministério Público, Procon e pela Assembleia Legislativa do Piauí.
Denúncias contra a Humana Saúde
- Má prestação de serviço por parte do plano;
- Substituição de psicólogos ABA por aplicadores ABA;
- Cancelamentos de sessões e demissão em massa de profissionais;
- Falta de terapeutas e atendimentos;
- Sessões em dupla, prejudicando o acompanhamento individualizado das crianças.
Fonte: Portal A10+