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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito que investigava o caso de Exodo da Silva Feitosa, de 35 anos, que enfrentava transtornos mentais e era usuário de drogas. Ele foi morto em abril deste ano. Segundo a polícia, o crime foi cometido como forma de retaliação e “disciplina”, após a vítima ter ofendido a esposa de um traficante da área onde ocorreu a execução.
O delegado Bruno Ursulino, presidente do inquérito, concedeu entrevista à TV Antena 10 na manhã desta quarta-feira (17), e deu detalhes a respeito do homicídio. A vítima tinha comportamentos inadequado devido ao problemas de distúrbios mentais somado ao uso de medicamentos para o tratamento, uma vez que tinha acompanhamento médico e uso de drogas.

Reprodução
"A causa da morte seria porque a vítima era usuário de drogas e, em um determinado dia, havia ofendido a mulher de um dos traficantes lá da área. E aí esses indivíduos, na posição de disciplina lá da região, vão de encontro até essa vítima, já com o objetivo de matar. Sendo que, dias atrás, ele já havia sofrido uma outra tentativa e o que a gente consegue descobrir é que boa parte desse comportamento descontrolado dele, de ofender, era exatamente porque ele fazia esse acompanhamento e, apesar de fazer o acompanhamento, também associava ao uso de medicamentos à droga e aí perdia o controle por diversas vezes", detalhou o delegado.
A vítima foi morta por dois homens identificados como Luan Cândido da Silva e Nathanael Silva de Carvalho, sendo o motorista do veículo utilizado no crime, e o atirador, respectivamente. O crime aconteceu na frente da casa do pai da vítima. Os acusados já estão presos, e contra eles podem ser imputados outros crimes como tráfico de drogas e roubo, denunciados em outras delegacias.

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"Já estão presos, estão à disposição da justiça. Inclusive, a gente consegue imputar a eles outros fatos criminosos, diversos de homicídio. A gente sabe que são indivíduos que atuam inconstantemente junto ao tráfico de drogas, como também junto ao roubo. Então, eles respondem aqui pelo DHPP em virtude desse homicídio, mas em outras delegacias eles têm mandados de prisão decorrentes de roubos e de tráfico de drogas também", disse.
Ainda não é possível confirmar se os dois homens integram alguma facção criminosa, porém, em diversos momentos dos interrogatórios, ambos optaram por permanecer em silêncio. Mesmo assim, a polícia não tem dúvidas quanto à ligação deles com o crime e segue apurando um possível envolvimento com organizações criminosas.
"Eles negam, no entanto, existem certos pontos do interrogatório em que eles permanecem em silêncio. Claramente momentos em que eles iriam se complicar caso afirmassem as perguntas que teriam lhes sido colocadas naquele momento. Mas devido à clareza dos depoimentos, inclusive de testemunhas que se fizeram presentes aqui, a gente não tem dúvidas quanto ao envolvimento deles nesse caso", concluiu.
Fonte: Portal A10+