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O pequeno Igor Gleison, de 9 anos, é uma das quatro crianças da cidade de Timon, no Maranhão, diagnosticadas com microcefalia congênita causada pelo vírus da zika. Apesar de existir uma legislação que obriga o município a fornecer insumos essenciais e garantir assistência ao tratamento, a mãe de Igor denuncia que o poder público não está cumprindo com suas obrigações.
Francilene da Cruz, que foi infectada pelo mosquito transmissor quando estava com oito meses de gestação, se dedica integralmente ao filho, mesmo tendo outros dois filhos mais velhos. Ela afirma que, desde o início do ano, o município deixou de fornecer itens fundamentais para a qualidade de vida do menino.
“Eu tenho uma medida que o juiz determina que o município forneça os insumos dele, como medicação, fralda e suplementos. Só que o município, desde janeiro, não me fornece. A única coisa que fornece é a medicação, que é na farmácia popular que a gente recebe; mas as fraldas e o suplemento, que é de alto custo, o município não está me fornecendo. O suplemento é cerca de R$ 200 a lata e a fralda ele usa todos os dias. É lei fornecer”, denuncia Francilene à TV Antena 10.
Ela contou ainda, à TV Antena 10, que o governo federal realiza repasses específicos para o atendimento dessas crianças, mas que mesmo assim o município não faz a assistência às famílias.
“O município tem responsabilidade de arcar com isso. O governo federal sabe que existem essas crianças e faz o repasse, mas o município não obedece”, acrescenta.
Igor passa boa parte do tempo em casa, quando não está em sessões de fisioterapia. Para mantê-lo confortável, a família precisa manter um climatizador ligado constantemente, o que eleva ainda mais os custos com energia elétrica, somando-se aos outros gastos que deveriam ser de responsabilidade do município.
Francilene, mesmo enfrentando dificuldades, compartilha o pouco que tem com outras famílias na mesma situação.
“Eu me sensibilizo na questão de receber, mas pra ajudar o Igor e as outras crianças. Hoje tem medicação que eu recebo que eu compartilho com as outras mães que não têm como comprar. Eu fico de coração partido porque eu consigo comprar, mas é porque existe uma família que me acolhe e ajuda, amigos meus. São 10 anos lutando constantemente para ele ter uma qualidade de vida melhor”, relata.
Francilene disponibilizou o número de telefone (86) 98811-7998 para quem puder ajudar a família.
Fonte: Portal A10+