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O delegado Charles Pessoa deu mais detalhes à TV Antena 10 sobre a operação realizada contra suspeitos de integrarem uma facção criminosa que promovia falsas ações sociais com o objetivo de aliciar e cooptar jovens para o crime organizado na cidade de Altos, no Piauí. Até o momento, 10 pessoas foram presas durante a ação.
De acordo com o delegado, essas práticas de cooptação de jovens por meio de supostas ações assistenciais ocorrem em todo o país. A operação foi determinada para ser executada em todos os estados onde o Primeiro Comando da Capital (PCC) possui atuação.
"Depois que ele [Monarca] voltou da prisão, ele foi um dos indivíduos que orquestrou essa ação de distribuição de brinquedos. Uma ação orquestrada a nível nacional. O PCC determinou que as unidades da federação onde essa célula atua distribuíssem brinquedos agora no Dia das Crianças. A inteligência do Piauí identificou esse planejamento para essa ação e essa operação de hoje foi deflagrada em razão desse ato provocado por esses indivíduos. Uma distribuição de brinquedos com falso assistencialismo. O objetivo era promover o aliciamento e cooptação dos jovens", disse o delegado Charles Pessoa.
Um dos líderes da facção, conhecido como Monarca, foi preso durante a operação deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI), na manhã desta terça-feira (21), em Altos. Há dois meses ele foi preso, mas foi posto em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica; o delegado criticou a atual legislação penal brasileira, apontando falhas que, segundo ele, favorecem a reincidência de criminosos.
"Conseguimos efetuar a prisão de 10 criminosos, sendo 4 deles monitorados por tornozeleira. O Monarca foi preso há 2 meses em uma operação, foi colocado em liberdade com monitoramento, mas voltou a gerenciar ações criminosas na região. Atribuo esse fato dele e de outros indivíduos estarem em liberdade a uma fragilidade da legislação brasileira, uma legislação atrasada que coloca um faccionado monitorado por tornozeleira. A tornozeleira é totalmente ineficiente para esse tipo de indivíduo", afirmou.
O delegado contou ainda que para combater o crime organizado que busca cada vez mais crianças e jovens, a Secretaria de Segurança Pública, Polícia Civil do Piauí (PC-PI) e Secretaria de Educação (Seduc) têm realizado ações integradas em unidades educacionais para combater o avanço do crime organizado.
"Com uma parceria da SSP, PCPI e Seduc, estamos evitando que situações como essa aconteça. Estamos quebrando um ciclo que vinha acontecendo infelizmente no Brasil afora. Essa é uma demonstração clara do problema que é o crime organizado, das consequências negativas que essa criminalidade traz", destacou o delegado.
Entre os presos, está uma mulher conhecida como Virginia de Altos, que, segundo a polícia, também tinha papel de liderança na facção. O nome faz referência à influenciadora Virgínia Fonseca.
"No meio dessas 10 pessoas prendemos uma mulher que se intitula Virginia, Virginia de Altos. Ela também gerenciava e auxiliava nessa organização criminosa. Uma mulher que infelizmente foi aliciada e cooptada por essa criminalidade. Agora está envolvida dentro dessa estrutura, mas aqui para a segurança pública a gente não observa a condição social, o sexo nem a idade. Se ingressar no crime organizado, pode configurar o despertador porque será alvo de investigação e prisão", concluiu o delegado Charles Pessoa.
Monarca preso novamente
Um dos líderes da facção criminosa, o Monarca, que promovia falsas ações sociais, foi preso durante a operação da Secretaria de Segurança Pública, na manhã de hoje (21), na cidade de Altos, ao Norte do Piauí.
A TV Antena 10 apurou que o indivíduo havia sido preso em julho desse ano, foi colocado em liberdade, tendo como medida cautelar o monitoramento eletrônico, e persistia em cometer crimes na região. Diante do envolvimento nas atividades ilícitas, desde que foi solto ele dormia e se instalava em diversos lugares diferentes para tentar fugir da ação policial. No momento da prisão, hoje, ele foi capturado em um matagal.
Empresário suspeito de contratar faccionados para torturar ex-funcionário é um dos alvos de operação
Um dos alvos da operação deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública, na manhã de hoje (21), seria um empresário que teria contratado faccionados para torturar um ex-funcionário na cidade de Altos, ao Norte do Piauí.
De acordo com o delegado André Moreno, o indivíduo, identificado apenas como Edson Flor acusava a vítima de furto.
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Fonte: Portal A10+