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A Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) encaminhou à Câmara Municipal (CMT) um projeto que pode mudar a forma de escolha dos diretores das escolas da rede municipal. A proposta tem gerado intensos debates entre vereadores e entidades ligadas à educação.
Entre os críticos está o vereador João Pereira, que se manifestou contra a nova proposta. Para ele, o modelo atual, baseado na eleição direta com participação de profissionais da educação e pais de alunos, representa uma conquista histórica e não deve ser alterado.
"Temos que manter a lei que já existe. O prefeito Wall Ferraz foi um dos incentivadores para que tenha eleição direta para escola, e quem vota são os professores, os profissionais da educação, os pais de alunos. Fomos surpreendidos com a lei encaminhada pelo prefeito Silvio Mendes e o secretário de Educação, que retira esse direito da comunidade escolher o seu diretor ou diretora. É um retrocesso", disse o parlamentar à TV Antena 10.
João Pereira pediu vistas da matéria e afirmou que pretende conversar com o secretário de Educação, Ismael Silva, nas próximas 24 horas, antes que o projeto seja levado ao plenário para votação.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) também se posicionou firmemente contra a medida. Representantes da entidade organizaram um protesto na sede da Câmara para demonstrar resistência ao projeto, argumentando que a mudança ameaça a participação democrática na escolha dos gestores escolares e pode abrir espaço para interferências políticas.

"Se esse projeto for aprovado, tanto o prefeito Silvio Mendes como o secretário Ismael Silva e os vereadores que forem favoráveis a essa proposta entrarão para a história como os que conseguiram acabar com a democracia nas escolas. Eles querem substituir um processo de escolha que já existe desde o prefeito Wall Ferraz por um modelo que transforma diretores em cabos eleitorais dos gestores de plantão. Isso é um absurdo", afirmou Sinésio Soares, presidente do Sindserm à TV Antena 10.
Já o líder do prefeito na Casa, vereador Bruno Vilarinho, rebateu as críticas e garantiu que a proposta não representa o fim da participação da comunidade escolar.
"Esse projeto não acaba com as eleições diretas nas escolas. Se em alguma escola ninguém se habilitar para ser candidato a diretor, aí sim será por indicação da gestão da Secretaria, por escolha do gestor. Mas isso não vai mudar em nada, vai continuar sendo decidido por todos aqueles que fazem parte da escola", finalizou Vilarinho.
Fonte: Portal A10+