"Cedo ou tarde a justiça vai prevalecer", diz mãe de mecânico morto em tumulto após atropelamento envolvendo Lokinho; PM foi denunciado - Balanço Geral Piauí
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DESABAFO

"Cedo ou tarde a justiça vai prevalecer", diz mãe de mecânico morto em tumulto após atropelamento envolvendo Lokinho; PM foi denunciado

O mecânico, que faria aniversário nesta quarta (22), deixou 4 filhas pequenas; família falou sobre o caso em entrevista à TV Antena 10


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A família do mecânico Thiago Henrique Nascimento, morto a tiros em outubro do ano passado durante o tumulto após o atropelamento envolvendo o influenciador Lokinho e o namoradona BR-316, zona Sul de Teresina, acredita na justiça. O subtenente da Polícia Militar do Piauí, Gildásio Lopes de Sousa, foi denunciado pela Ministério Público por crime de homicídio. 

O mecânico deixou 4 filhas pequenas e sustentava toda a casa. Em entrevista à TV Antena 10, Maria do Rosário, mãe da vítima, destaca que espera que a justiça prevaleça. Thiago Henrique iria fazer aniversário nesta quarta-feira (22). 


“A gente vem seguindo de uma forma não aceitável, sempre com aquela tristeza, lembranças, muita saudade, angústia. Mas no conforto de saber que em qualquer momento a justiça pode prevalecer e ser feita. Por outro lado, sentimos muita falta dele. Ele era o pai da família daqui, o sustento da nossa casa, sustento das filhas dele. Dentro do possível, acredito que Deus está sempre colocando a mão. Cedo ou tarde a justiça vai prevalecer. Sabendo quem ele era, muito brincalhão, alegre, família; ele ia sim estar com a gente amanhã. É uma tristeza, é um vago. Um sentimento inexplicável”, desabafa a mãe. 

De acordo com o MP, Thiago fazia parte da multidão que cercou a viatura dos bombeiros, onde estavam Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa e Pedro Lopes Lima Neto, envolvidos no atropelamento. O policial alegou que havia sido agredido durante o conflito de pessoas no local, que tentavam retirar Lokinho e o namorado de dentro do veículo para lincha-los. A esposa do mecânico acredita que ele estava fazendo a segurança do influencer. 

“Ele fala que não, mas acredito que sim (fazendo a segurança). Ele reagiu de uma maneira muito severa para defender uma pessoa que ele disse que não estava fazendo segurança. Ele poderia ter acalmado de outra forma, mostrado que era polícia, ter dado voz de prisão ao Thiago e a outras pessoas que estivessem lá no local. Não precisava ter tido essa reação”, disse a esposa Gisele Alves. 

  

Esposa Gisele Alves TV Antena 10

   

A companheira relata que Thiago era seu apoio e no momento busca encontrar forças nas suas filhas. 

‘Eu me encontro só sem meu marido, que era meu apoio. Não é fácil e eu choro todos os dias e tento encontrar forças nas minhas filhas. A cada dia tento ser melhor por elas. Estou tentando ser forte. O Gildásio, onde quer que ele esteja, que ele veja a maldade grande que ele fez com meu marido. Ele podia ter pensando por um minuto”, completa. 

Para o MP, houve excesso 

O MP destacou ainda que, apesar de a intervenção inicial de Gildásio se configurar como legítima defesa de terceiros e posteriormente de sua própria integridade, ele se excedeu ao efetuar o disparo contra o mecânico, que já havia cessado as agressões e tentava fugir. "Deste modo, não havia mais qualquer justificativa para sua conduta, sendo o disparo realizado de forma deliberada.  A conduta do denunciado acima identificado está perfeitamente subsumida na pena do crime de homicídio simples", concluiu o órgão ministerial.

Diante do caso, o Ministério Público requereu que Gildásio seja citado para apresentar sua defesa , logo após, designada audiência, e que seja fixada em sentença condenatória valor mínimo de R$ 100 mil para reparação aos herdeiros da vítima.

A representação foi assinada pelo promotor de Justiça Regis Marinho no dia 13 de janeiro.

  

Lokinho e namorado provocaram acidente que matou duas mulheres e deixou crianças feridas, em Teresina Reprodução

   

Relembre

Em 6 de outubro, o mecânico Tiago Henrique foi morto a tiros após ter descido do seu veículo por causa das mortes de Marly Ribeiro da Silva e Kassandra, que foram atropeladas por um carro conduzido por Stanlley Gabryell, namorado de Pedro Lopes, o Lokinho. O relatório mostra que a via tem como velocidade máxima 60km/h, mas o veículo conduzido pelo autuado, que não tem carteira de habilitação, estaria a 80km/h. Ele atropelou pelo menos 4 pessoas que caminhavam às margens da BR. Entre os feridos, duas crianças.

Fonte: Portal A10+


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