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O Sindicato dos Empregados de Empresa de Asseio e Conservação está cobrando o pagamento das rescisões trabalhistas de cerca de 1.200 trabalhadores da Recicle Aurora, empresa que era responsável pela coleta de lixo de Teresina. Segundo a categoria, ex-funcionários seguem sem receber seus valores mesmo após um acordo firmado com a empresa. A paralisação dos pagamentos causou indignação entre os ex-funcionários, que denunciam a falta de transparência e o descumprimento do compromisso firmado.
De acordo com o presidente do sindicato, Jonatas Miranda, cerca de R$ 7 milhões estão bloqueados pela Justiça, o que gera estranheza diante da demora na liberação dos valores.
“Depois de muita negociação, entramos num acordo. Foi depositado R$ 8 milhões na conta da empresa para fazer o pagamento de rescisão. Começaram a pagar, porém só pagaram R$ 5 milhões. De um dia para o outro suspenderam os pagamentos alegando que algumas pessoas estariam entrando com ações individuais contra a empresa, cobrando algumas verbas rescisórias. Então eles suspenderam esse pagamento. Nós solicitamos o que precisaria para esse pagamento retornar e falaram que precisávamos fazer uma assembleia, coletar assinatura de todo mundo e aí iria pagar somente quem concordaria com o acordo. Assim fizemos, coletamos a assinatura de toda a categoria, enviamos na sexta-feira e até o momento não fizeram mais nenhum pagamento”, disse Jonatas Miranda, presidente do sindicato, à TV Antena 10.
Ainda segundo o sindicalista, houve uma audiência no Ministério Público do Trabalho, onde representantes da Recicle Aurora afirmaram que os pagamentos seriam retomados nesta sexta-feira (31).
“Tivemos uma audiência no Ministério Público do Trabalho, a empresa esteve presente e alegaram que estão fazendo a contabilidade e que vão voltar a pagar a partir de amanhã (31). Amanhã eles não têm como concluir, é tanta coisa que já vivemos de ruim com essa empresa que nós não acreditamos mais, mesmo tendo um acordo, mas quando se trata da Recicle nós não temos mais confiança”, afirmou Jonatas Miranda.
O presidente do sindicato também expressou preocupação com a nova empresa contratada para a limpeza pública de Teresina, a Ibero Lusitana, que, segundo ele, não possui estrutura adequada para atender à demanda da cidade.
“Os carros estão muito sucateados, não tem carro suficiente para dar conta da vazão do lixo. Eles acabam ficando sobrecarregados em ter que passar das suas horas de trabalho para concluir essa atividade. Uma licitação resolveria todo esse problema. Hoje o problema de Teresina é a falta de licitação da limpeza pública”, contou Jonatas Miranda.
No local onde funcionava a sede da empresa há um comunicado informando que “temporariamente, o atendimento será realizado apenas pelo WhatsApp, pois está em processo de mudança para um novo endereço”. O aviso fala que o contato é feito apenas por mensagens, sem atendimento telefônico, e ainda pede compreensão, informando que em breve o atendimento presencial será retomado em novo local.
Fonte: Portal A10+
