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A direita brasileira tem apostado na força política do clã Bolsonaro para se organizar e ganhar musculatura de olho nas eleições presidenciais de 2026. Nos últimos meses, os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a intensificar aparições públicas conjuntas, em movimentos que aliados veem como uma tentativa de manter o bolsonarismo como eixo central do campo conservador.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que já tem seu nome como pré-candidato ao Palácio do Planalto, tem participado de agendas ao lado dos irmãos Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Renan Bolsonaro (PL-SC), ampliando a presença política da família fora do tradicional eixo Rio–São Paulo. A estratégia busca dialogar com bases regionais e segmentos conservadores que foram decisivos nas eleições anteriores.

Um dos exemplos mais recentes será a participação dos três irmãos em um evento religioso no Espírito Santo, ao lado do senador Eduardo Girão (Novo-CE), uma das principais vozes da direita no Senado.
Girão tem mantido discurso crítico ao governo Lula (PT) e costuma defender pautas caras ao eleitorado conservador, como valores religiosos, oposição ao aborto e críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal).
O encontro também vai contar com a presença do senador Magno Malta (PL-ES), aliado histórico de Jair Bolsonaro e figura influente entre lideranças evangélicas. Malta tem declarado publicamente que o ex-presidente segue sendo a principal referência da direita, mesmo estando inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Além de parlamentares, o campo da direita tem buscado diálogo com nomes de fora da política tradicional. O empresário e influenciador Pablo Marçal, que disputou a Prefeitura de São Paulo, já participou de eventos ao lado de Flávio.
O pré-candidato, inclusive, já afirmou publicamente que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), estaria “junto” para dialogar com diferentes forças políticas com o objetivo de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.
Mesmo fora da disputa, o ex-presidente segue sendo tratado como fiador político do grupo. Integrantes do PL e de partidos aliados admitem que qualquer candidatura competitiva à direita em 2026 tende a depender do aval explícito de Bolsonaro, preso em Brasília.
Fonte: R7