Marido de delegada, suspeito de matar gari em Belo Horizonte, é levado para presídio - Brasil
PRISÃO

Marido de delegada, suspeito de matar gari em Belo Horizonte, é levado para presídio

Renê da Silva Nogueira Júnior foi encaminhado para o Ceresp Gameleira após ter prisão em flagrante ratificada


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A Polícia Civil de Minas Gerais ratificou, durante a madrugada desta terça-feira (12), a prisão em flagrante do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos. Ele foi detido nessa segunda-feira (11) como suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, no bairro Vista Alegre, na região Oeste de Belo Horizonte, durante uma briga de trânsito. A vítima foi baleada durante o trabalho.

Depois de quase sete horas de depoimentos, Renê Júnior deixou a delegacia algemado, diferente do que havia acontecido quando ele chegou. O empresário estava com o rosto coberto e não quis comentar sobre o caso.

  
Renê da Silva Nogueira Júnior é suspeito de matar gari em BH Reprodução
 
 
 

Os advogados do investigado também não se manifestaram. O detento foi levado para o Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) Gameleira.

A investigação inicial aponta que a arma usada no crime pertence à esposa dele, que é delegada. O carro em que o investigado estava também é registrado em nome da companheira. A Polícia Civil investiga o caso.

Renê, o suspeito de atirar em Laudemir é descrito como um empresário bem relacionado e dono de diversos empreendimentos. Ele foi detido poucas horas depois do crime. Os policiais o encontraram treinando em uma academia na avenida Raja Gabaglia, área nobre capital mineira.

Segundo testemunhas, ao ser abordado, o empresário disse que não sabia sobre qual crime estava sendo acusado. Renê foi levado ao DHPP (Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa). Ele chegou ainda com a roupa do treino: short e camisa branca. O rosto estava coberto por uma blusa. Ele estava sem algemas nas mãos.

O corpo de Laudemir foi liberado do IML (Instituto Médico Legal) no fim da noite dessa segunda-feira. O sepultamento está previsto para acontecer nesta terça-feira (12). Lidiane Souza, irmã do gari, ainda não acreditava no que tinha acontecido. Ela soube do caso pela TV.

Laudemir trabalhava na empresa terceirizada que presta serviço para a Prefeitura de Belo Horizonte há quase 8 anos. Ele deixa a esposa, uma filha de 15 anos e a mãe idosa.

“Ele morreu defendendo uma colega de trabalho, que era da índole dele. Era um rapaz extrovertido. Onde chegava, deixava alegria. Todo mundo gostava dele. Vai fazer muita falta dentro de casa. A filha dele está desolada, passando mal, assim como a mãe, a esposa e o irmão que está no hospital”, lamentou.

Dinâmica

Segundo a Polícia Militar, o caminhão fazia a coleta na rua Jequitibá, que é mão dupla. Uma fila se formou com carros que vinham de outra via, a rua Modestina de Souza, e que iriam entrar na Jequitibá, em direção à Avenida Tereza Cristina.


Dirigindo um carro SUV, Renê teria hesitado em passar ao lado do caminhão. Neste momento, segundo a PM, ele passou a xingar e a fazer ameaças à motorista da limpeza urbana. Os garis desceram para tentar acalmar o motorista. Nesse momento, segundo testemunhas, o disparo foi feito e acertou a região do abdômen do Laudemir. Ferido, ele ainda caminhou até a esquina, onde caiu. Renê, contaram testemunhas, seguiu pela rua Jequitibá e sumiu na avenida Tereza Cristina.

As luvas de Laudemir ficaram na calçada. O tiro fatal atingiu as costelas da vítima, mas também acertou uma artéria no corpo do gari. Ele foi socorrido por uma viatura da PM, mas não resistiu.

Laudemir tinha acabado de começar o dia de trabalho quando foi baleado. Tiago Rodrigues é um colega que viu toda a cena. Ele foi uma das testemunhas ouvidas pelo delegado.

“Na hora que ele passou do caminhão e a gente estava atravessando para pegar o lixo, ele virou saindo do carro, engatilhando e perguntando: “Vocês estavam duvidando de mim?”, comentou.

O colega afirma que Renê já desceu do carro armado. “Demos preferência para ele [Renê] passar. Ele passou e passou ameaçando. Eu falei que não precisava fazer aquilo, porque a gente estava trabalhando. Eu pedi para ele seguir em paz. Mesmo passando, virou uma atitude desagradável, com ele apontando a arma para nós. No extinto de tentar sobreviver, eu corri, mas acertou o meu colega”, completou.

Policiais civis e militares bateram nas casas na tentativa de conseguir imagens que pudessem ajudar a compreender a dinâmica dos fatos.

Fonte: R7


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