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(Atualizada às 10h38)
Um adolescente, de 13 anos, atacou e feriu com uma faca quatro professores e dois alunos na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na rua Doutor Adolfo Melo Júnior, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (27). O ataque ocorreu por volta das 7h30, quando as aulas já tinham começado.
De acordo com informações da PM (Polícia Militar), uma professora sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu horas depois do ataque. A vítima, identificada como Elisabete tinha 71 anos, não resistiu aos ferimentos. A informação foi confirmada pelos secretários de Estado da Educação, Renato Feder, e da Segurança, Guilherme Derrite, durante coletiva de imprensa em frente à unidade escolar.
Segundo os alunos que presenciaram o ataque, Elizabeth foi a mais atingida, sendo esfaqueada no braço, nas costas e na cabeça. Segundo Derrite, uma professora de educação física foi responsável por imobilizar o agressor. "Não fosse o ato heroíco dela, a tragédia ia ser maior", afirmou.
“A gente conseguiu uma heroína hoje, que conteve o aluno. [...] A diretora Vanessa está em estado de choque, a escola está muito triste. Difícil saber o motivo agora. A ronda escolar foi acionada e chegou em três minutos. Chegaram e fizeram a apreensão desse aluno. [...] Já era aluno dessa escola e voltou para a escola em 15 de março. Durante um período, a diretora Vanessa não tinha nenhum aviso, não tinha ciência de nada que chamasse a atenção", ressaltou o secretário de educação, Renato Feder.
O aluno, identificado como Guilherme, usava máscara de caveira durante o ataque, de acordo com informações de testemunhas entrevistados pela Record TV. Os estudantes, emocionalmente abalados, revelaram que Guilherme teria brigado com um outro aluno na semana passada. Revoltado, o agressor premeditou o crime. "Ele entrou na sala mascarado e com uma faca, aí atacou o menino, aí a professora foi defender e acabou sendo esfaqueada também", revelou um adolescente que presenciou o crime.
Os outros três docentes foram levados a hospitais, mas o estado de saúde deles não foi confirmado — um está no Hospital das Clínicas, na zona oeste. O aluno, que era inicialmente o alvo do agressor, foi atingido, mas sofreu um corte superficial conforme os agentes de segurança.
Um segundo estudante também se machucou, de acordo com comunicado oficial divulgada pelo governo de São Paulo. O estado de saúde deles não foi informado. Ainda de acordo com o governo paulista, "a situação causa consternação a todos e a prioridade neste momento é prestar socorro às vítimas e apoio aos familiares" (leia abaixo a nota na íntegra).
O responsável pelas facadas foi identificado e contido, mas ainda permanece na escola com a polícia. A corporação acredita que a motivação dos ataques tenha sido bullying — o autor do ataque teria feito postagens nas redes sociais.
A direção da unidade informou que os alunos serão liberados gradativamente. Pais e familiares estão em frente à unidade escolar, desesperados e preocupados com os seus filhos. Imagens feitas pela equipe da Record TV, que está no local, mostram os responsáveis chorando. Viaturas da polícia e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) estão no local.
A polícia fez uma varredura em todas as salas de aula e banheiros para encontrar crianças que poderiam ter sido machucadas. As aulas nesta segunda foram canceladas.
Professores heróis
Os três professores feridos tentaram segurar o autor do ataque, já que ele queria matar um colega do colégio. Foi nesse momento que se tornaram alvo do rapaz.
Uma aluna explicou que a briga entre os dois estudantes envolvidos começou na semana passada e, hoje, o adolescente teria levado uma faca para se vingar. A menina informou, ainda, que uma das professoras esfaqueadas "era de idade". "A gente não sabe se ela vai ficar bem ou não", revelou à Record TV.
A polícia trabalha com a hipótese de que o adolescente teria planejado o ataque após essa briga com o colega. Com medo de o atentado se espalhar pelo colégio, outros professores, que viram a cena, começaram a gritar para alertar as demais turmas para trancar as portas das salas de aula.
Leia a nota do governo de São Paulo
"Nota à Imprensa sobre ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro
O Governo do Estado de São Paulo lamenta profundamente e se solidariza com as famílias dos professores e alunos que foram vítimas de ataque à faca de um adolescente do 8º ano na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona Oeste de São Paulo. A situação causa consternação a todos e a prioridade neste momento é prestar socorro às vítimas e apoio aos familiares.
Quatro professores e dois alunos foram feridos e encaminhados aos Hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís.
A Polícia Militar foi acionada e a Civil investiga os fatos. O jovem de 13 anos de idade foi apreendido. Os secretários de Estado da Educação, Renato Feder, e da Segurança, Guilherme Derrite, estão na escola para tomar as primeiras medidas e prestar apoio a professores, familiares e alunos.
Mais informações sobre o estado de saúde das vítimas serão divulgadas em breve.
Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo"
Fonte: R7