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A morte repentina de mais de 100 cabras e ovelhas em municípios no interior do Piauí acendeu o alerta entre criadores e autoridades sanitárias. A causa das mortes ainda é desconhecida e está sendo investigada, conforme nota técnica divulgada pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) nesta segunda-feira (18). Até o momento, os casos foram registrados nos municípios de Simões, Curral Novo, Jatobá do Piauí e São Francisco de Assis.

Os casos começaram a ser registrados cerca de dez dias após a aplicação de vacinas contra clostridioses, grupo de doenças causadas por bactérias que acometem bovinos, caprinos e ovinos. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Rural de Simões, Rosenalvo Coelho, os animais apresentaram sintomas como fraqueza, inchaço no local da aplicação, perda de sensibilidade e falência de órgãos. Em alguns casos, produtores relataram mortes associadas a infarto e até problemas renais.

“Já realizamos necropsias e exames em parceria com a Universidade Federal, e amostras foram encaminhadas ao Ministério da Agricultura. O laudo definitivo deve sair em até 30 dias”, afirmou.

A Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) confirmou que três lotes da vacina suspeita foram identificados e tiveram a comercialização suspensa. Amostras também foram enviadas à Universidade Estadual do Ceará (UECE) e à Universidade Federal do Piauí (UFPI) para análise. Até a conclusão dos laudos, a orientação da Adapi é que os criadores interrompam o uso do imunizante.

Além dos municípios piauienses, estados vizinhos como Sergipe, Rio Grande do Norte e Maranhão também notificaram mortes de animais após a vacinação. Em Simões, pelo menos 11 produtores foram diretamente afetados, mas o número deve aumentar conforme novas notificações são registradas. Óbitos de suínos e bovinos também foram relatados na região.

Em nota, a Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Adapi, informou que está realizando investigações, com atendimento imediato às notificações recebidas desde o início de agosto. A agência destacou que já foram feitas necrópsias e coleta de amostras em animais, enviadas para diagnóstico em laboratórios oficiais da UFPI e da UECE, e aguarda os resultados laboratoriais para definir as medidas cabíveis, em parceria com outras instituições.

A agência reforçou ainda que qualquer ocorrência de mortalidade em animais deve ser comunicada imediatamente ao órgão local, por meio do sistema e-Sisbravet, pelo site da Adapi ou via WhatsApp (86) 99462-1644.

Fonte: Portal A10+ com informações da Revista AZ