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O desembargador Têssio da Silva Tôrres do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI) determinou, na noite desta quinta-feira (16), que o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) coloque nas ruas uma frota de 100% dos ônibus nos horários de pico durante a greve dos motoristas e cobradores em Teresina.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sintetro) sustenta que a frota exigida pelo TRT-PI durante o movimento grevista deveria seguir a ordem de serviço estabelecida pela Strans.
“Assim, pelas razões expostas, defiro parcialmente o pedido formulado pelo requerido para, mantendo os percentuais já estipulados na decisão liminar, determinar que os percentuais da frota circulante devem ser calculados com base na frota descrita nas ordens de serviços da STRANS”, disse o desembargador em decisão obtida pelo A10+.
Ainda no documento, o membro do TRT-PI afirmou que a disponibilização da frota de ônibus compete ao Setut (responsável pelo sistema de transporte coletivo). Em caso de descumprimento da decisão, Têssio Tôrres estabeleceu multa diária de R$ 50 mil aos empresários.
“Determino, ainda, que seja oficiada a STRANS a fim de que, enquanto durar a greve do serviço de transporte coletivo urbano de Teresina, fiscalize o cumprimento das medidas ora adotadas, informando nos autos”, completou.
O A10+ apurou que o Setut não estaria cumprindo com a ordem de serviço que já havia sido estabelecida pela Strans para circulação dos ônibus em Teresina. Mais cedo, a Prefeitura informou que vai repassar R$ 1,5 milhão aos empresários na tentativa de encerrar o movimento grevista que já dura 4 dias.
Ainda nesta quinta-feira (16), o TRT-PI também determinou que as empresas de ônibus paguem os salários atrasados dos motoristas e cobradores em até 24 horas.
Os trabalhadores não aceitaram a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), durante audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), quando foi proposto um reajuste de 6% nos salários, além de 20% no auxílio alimentação e 33% no auxílio saúde.
Fonte: Portal A10+
