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(Atualizada às 10h30)
A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) vai solicitar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários (Sintetro) cumpra a frota mínima de 70% da frota durante os períodos de pico, de 6h às 9h e de 17h às 19, e de 30% nos demais horários e nos finais de semana. Em nota ao A10+, a Strans informou que vai continuar cadastrando veículos para transporte alternativo na capital durante o período da greve.
O movimento grevista teve início nessa segunda-feira (13) na capital. Pela legislação, os trabalhadores devem manter uma frota de, pelo menos, 30% em circulação. Usuários relatam que não estão circulando os ônibus desde as primeiras horas de segunda.
A crise no transporte público de Teresina vem se arrastando nos últimos 3 anos na capital. Na manhã desta terça-feira (14), motoristas e cobradores do transporte coletivo fecharam a rua Areolino de Abreu, nas proximidades da praça da Bandeira, Centro de Teresina. Eles colocaram um ônibus para impedir a circulação de outros veículos no local.
Os trabalhadores não aceitaram a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), durante audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), quando foi proposto um reajuste de 6% nos salários, além de 20% no auxílio alimentação e 33% no auxílio saúde.
Segundo o Sintetro, alguns motoristas e cobradores não têm recursos para ir até o trabalho pela falta de pagamentos. Eles fizeram uma manifestação em frente à Prefeitura de Teresina na segunda (13) e aguardavam uma reunião com o prefeito Dr. Pessoa, que não aconteceu.
Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que cadastrou 100 veículos para circularem durante o período da greve na capital. Até o momento não houve acordo entre a categoria e os empresários para encerrar o movimento grevista.
O que diz o Setut?
O presidente do Setut, Marcelino Lopes, lamentou a decisão da categoria em manter a greve geral em Teresina. Ele alegou que ofereceu um aumento acima da inflação para os trabalhadores, mas o Sintetro não aceitou. Ele citou que a Prefeitura de Teresina se comprometeu em repassar um subsídio de R$ 2 milhões, mas pediu prazo de até 90 dias para analisar o que pode aumentar acerca desse valor.
"A inflação hoje é 5,7%. Nós oferecemos 6% do salário, 30% no auxílio saúde e 25% no auxílio alimentação. É 5, 6x acima da inflação e mesmo assim, o sindicato achou que vale fazer a greve. Lamento profundamente, com todo esse tempo que tenho, todo ano negociando com os colaboradores, nunca vi algo parecido. Um aumento superior a inflação, hoje tem sete empresas que não pagaram salário porque não tem dinheiro. Essa greve é pra atingir quem? Só pode ser a população. É lastimável", disse Lopes em entrevista à TV Antena 10.
Nota à Imprensa
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), através da Procuradoria Geral do Município (PGM), irá solicitar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que determine ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro) o cumprimento da frota mínima durante o período de greve, para manter o funcionamento de ônibus com 70% da frota circulando nos horários de pico, ou seja, de 6h às 9h e de 17h às 19h e de 30% nos demais horários, assim como nos finais de semana. Para o retorno da prestação dos serviços de transporte coletivo urbano regular de Teresina por ser considerado um serviço essencial.
A Strans continuará a cadastrar veículos para o transporte alternativo enquanto durar a greve do serviço de transporte coletivo urbano de Teresina, assim como continuará a fiscalizar o cumprimento das operações.
Fonte: Portal A10+