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Os professores da rede municipal de Teresina vão iniciar uma greve a partir da próxima segunda-feira (17). A decisão foi tomada na última quinta (13), em Assembleia Geral, após o anúncio de um reajuste salarial de 6,5%, percentual que, segundo a categoria, não cumpre a legislação federal, municipal e o Acórdão 219/2023 do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI). A categoria reivindica o reajuste integral de 22,07%.
Uma nova assembleia foi marcada para o dia 18 de fevereiro, terça-feira, na Câmara de Vereadores, para avaliar os desdobramentos do movimento grevista. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM), o atual secretário de Educação, Ismael Silva (PSD), reconheceu a necessidade do reajuste em votações anteriores, quando era vereador, mas agora, à frente da pasta, se nega a cumprir o percentual estabelecido por lei.
"O reajuste anunciado, de apenas 6,5% não cumpre a lei federal, a legislação municipal e o Acórdão 219/2023 do TCE-PI, sendo que o próprio secretário Ismael Silva (PSD) reconheceu e votou 02 vezes quando era vereador, pelo cumprimento do reajuste previsto em lei e agora se nega a cumprir o reajuste de 22,07%", diz Sinésio Soares, o presidente do Sindserm.
Além da questão salarial, os professores denunciam uma série de problemas estruturais e administrativos na rede municipal de ensino.
"As escolas e CMEIs estão sem manutenção, sem estrutura, sem auxiliares de apoio à inclusão, não atendem à demanda de crianças atípicas, cresce o assédio moral, as jornadas são estafantes e ilegais, enquanto a SEMEC tenta responsabilizar direções e professoras pela falta de prioridade à Educação Inclusiva", relata.
Ainda conforme o sindicalista, a categoria tenta diálogo com os vereadores para que abram canal de negociação com o prefeito Sílvio Mendes.
Fonte: Portal A10+
