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Depois de emocionar o público em São João do Arraial, o documentário “Babaçu Livre: Na Lei ou na Marra” chega a Teresina para mais uma exibição especial. O lançamento na capital será, nesta terça-feira (22), às 10h, no Auditório Sulica, na Sede da Secretaria da Cultura do Piauí (Secult), com entrada gratuita.

Dirigido por Élida Maria Cardoso de Brito e Ricardo Augusto Pereira, o filme retrata a luta histórica das quebradeiras de coco babaçu no Piauí pelo direito de acessar e utilizar os babaçuais, um recurso essencial para a sobrevivência, autonomia e identidade cultural de milhares de mulheres e suas comunidades.

  

Com foco na luta das quebradeiras de coco, documentário Babaçu Livre será lançado em Teresina nesta terça (22) Reprodução

   

A produção conta com o apoio do Governo do Piauí, por meio da Secult, com recursos da Lei Paulo Gustavo, e destaca a importância da Lei Babaçu Livre, sancionada em 2022. A legislação garante o livre acesso aos babaçuais, protegendo o modo de vida tradicional das quebradeiras e enfrentando os desafios impostos pela privatização da terra e os cercamentos ilegais.

Mais do que uma obra audiovisual, “Babaçu Livre” é um registro de resistência e mobilização social. Com depoimentos emocionantes, imagens dos territórios e trilha sonora assinada pelo grupo As Encantadeiras, o documentário revela as camadas sociais, econômicas e políticas que atravessam a luta dessas mulheres.

Para o secretário da Cultura, Rodrigo Amorim, o filme representa um importante marco para a cultura e para a luta por direitos no estado. “O documentário Babaçu Livre é um grito coletivo de liberdade e dignidade. É uma obra que fortalece a memória, valoriza o protagonismo das mulheres do campo e nos lembra do papel fundamental que a cultura tem na construção de justiça social. Estamos felizes em apoiar e amplificar essa narrativa que é, acima de tudo, sobre direitos humanos e pertencimento”, completou o gestor

O lançamento em Teresina marca mais uma etapa da circulação do documentário por comunidades e espaços culturais, como parte de uma campanha de conscientização e valorização dos babaçuais livres.

Fonte: Portal A10+