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Um geólogo do Piauí e outros pesquisadores de várias partes do mundo terão a missão de redigir o Guia Internacional da Opala. O instrumento visa padronizar nomenclaturas relacionadas à pedra preciosa, facilitando a identificação, classificação, avaliação e comercialização da opala em âmbito mundial.
Érico Gomes, que é professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), vai compor uma equipe formada por especialistas do mundo inteiro. Países como Austrália, México, Etiópia, França, Inglaterra e EUA terão seus representantes no grupo, cujo objetivo é construir o guia.
“A ideia é padronizar os termos, tipos de jogos de cores, formatos, todo tipo de nomenclatura científica internacional relacionadas à opala, para todos falarem a mesma língua” explicou o pesquisador.
A opala de Pedro II é objeto de apreciação e estudo do professor Érico há 37 anos, desde os tempos de sua graduação em Geologia, concluída no estado do Pará. As características particulares da pedra preciosa encontrada no norte do Piauí inquietavam o pesquisador. Agora, quase quatro décadas depois, ele alça um novo patamar nesta jornada.
A padronização, na avaliação do pesquisador, vai agregar ainda mais valor à Opala de Pedro II, cuja beleza já é destacada e reconhecida mundialmente.
“Vai facilitar as pesquisas científicas e o comércio. Poderemos demonstrar também, que a opala de Pedro II tem características únicas, que a diferencia de outras opalas encontradas em outras regiões do mundo” complementou Érico.
Fomento à cadeia produtiva da Opala
Em 2022, o Arranjo Produtivo Local (APL) da Opala foi retomado, movimentando todos setores envolvidos com a pedra preciosa na região de Pedro II. As ações visam desde a mitigação do impacto ambiental para extração do minério, até iniciativas de promoção e divulgação das joias.
O Governo do Estado é um dos apoiadores do APL, com projetos financiados pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e da Fundação de Apoio e Amparo à Pesquisa (Fapepi).
Recuperação de áreas degradadas nos garimpos; aproveitamento de rejeitos de mineração para produção de insumos para a construção civil; mapeamento geológico para descoberta de novas minas; atividades de engenharia para aumentar a produtividade e a segurança do trabalho nas minas, são algumas das ações que se somam para fortalecer a cadeia produtiva da opala em Pedro II.
Paralelamente, são oferecidas capacitações em lapidação de opalas; design de joias; empreendedorismo; gestão empresarial; inovação; e apoio à participação em eventos internacionais. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Federal do Piauí (IFPI) também são parceiros importantes nas ações do APL da opala.
Fonte: Portal A10+
