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O Dia Mundial dos Animais, celebrado neste sábado, 4 de outubro, trouxe ao Piauí uma história carregada de simbolismo. Entre as ações da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) para proteger a fauna silvestre e cuidar dos pets, uma cena chamou atenção: o batismo da oncinha resgatada de um incêndio há pouco mais de um mês.
Agora, ela tem nome. Nazaré, escolhido por 47% dos votos em uma enquete realizada no Instagram da Semarh, representa a luta pela vida e a esperança de reabilitação. Ainda em tratamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), a onça é um dos mais de 100 animais acolhidos após situações de tráfico ou maus-tratos. Papagaios, araras, macacos e felinos recebem no espaço cuidados veterinários e ambientais para, um dia, voltarem à natureza.

O trabalho da Semarh também alcança os pets. Com o Castramóvel, a secretaria percorre bairros e cidades levando cirurgias gratuitas de esterilização em cães e gatos, controlando a população e prevenindo doenças. Só esse ano já são mais de 400 castrações dentro do veículo e em clínicas. Uma ação de saúde pública que também resgata dignidade e afeto.
Para o secretário de Meio Ambiente, Feliphe Araújo, o dia reforça a responsabilidade coletiva. “O Dia dos Animais é mais do que uma data simbólica, é um chamado. Estamos construindo no Piauí uma rede de proteção que vai do cuidado com os pets à preservação da fauna silvestre. Nazaré é hoje um símbolo dessa luta”, pontuou o gestor.
A gerente de fauna e proteção animal da Semarh, Danielle Melo, lembra que cada resgate é um desafio único. “Reabilitar um animal exige tempo e ciência, mas também exige carinho. Nazaré carrega a marca de uma história difícil, mas também o sinal de um futuro possível: livre, de volta à natureza”, ressaltou a gestora.
Em 2025, mais de 100 animais foram reintroduzidos com sucesso ao meio ambiente após reabilitação no Cetas
O Centro de Triagem e Acolhimento de Animais Silvestres é responsável pelo recebimento, tratamento e reabilitação de animais silvestres resgatados em situações de risco no estado do Piauí. O serviço atende animais vítimas de tráfico, maus-tratos ou criados ilegalmente como domésticos.

A maioria dos animais resgatados pertence às classes das aves, mamíferos e répteis, incluindo espécies como corujas, araras, macacos-prego, raposas, papagaios, jabutis e gaviões. Esses bichos são levados ao Cetas por meio de ações do Policiamento Militar Ambiental, acionado pelo número 190, ou por entregas voluntárias feitas junto ao Centro de Triagem da Semarh e do Centro de Triagem do Ibama. Após o acolhimento, passam por triagem, atendimento veterinário, quarentena e processo de readaptação ao habitat natural.
A gerente de fauna e proteção animal da Semarh explica que o centro é preparado para atender casos emergenciais. “O Cetas é o local mais apropriado que tem como fornecer atendimento médico e emergencial aos animais lesionados ou machucados. Os que se encontram em vulnerabilidade também, por exemplo, presos em redes, cercas e etc.”, afirma Danielle Melo.
O tempo de readaptação dos animais varia conforme a espécie e o estado clínico. Alguns permanecem por semanas, outros por meses, e há casos em que, devido a lesões permanentes, o retorno à natureza não é possível. Todo o trabalho é realizado por profissionais especializados, como biólogos e médicos veterinários.

A soltura é realizada prioritariamente em áreas de ocorrência natural da espécie, respeitando critérios ecológicos e alimentares específicos de cada animal. Essa medida evita desequilíbrios populacionais e garante que os animais tenham acesso aos recursos necessários para sua sobrevivência. Em 2025, mais de 100 animais foram reintroduzidos com sucesso ao meio ambiente após avaliação técnica e planejamento de devolução à natureza.
“Cada animal devolvido fortalece a biodiversidade, combate ao tráfico de fauna e ajuda a preservar o equilíbrio ecológico do Piauí, bem como ajuda na conscientização dos cidadãos de que não é ético e nem legal possuir ou manipular animais silvestres”, frisa Danielle Melo.
Fonte: Governo do Piauí