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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) divulgou uma mensagem nesta terça-feira (25) na qual afirma que o julgamento sobre uma suposta tentativa de golpe, no qual ele pode ser tornar réu, é a “maior perseguição político-judicial da história do Brasil” e seria motivado por “claros interesses políticos de impedir que eu participe e ganhe a eleição presidencial de 2026″. O texto ainda critica a participação de Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento, por serem “conhecidos desafetos” do ex-chefe do Executivo.
A RECORD BRASÍLIA confirmou que Bolsonaro embarcou para a capital federal e deve pousar no Aeroporto de Brasília por volta das 8h40.

Além disso, Bolsonaro afirmou que nenhum ex-presidente “teve sua vida pessoal, financeira e política devassada de maneira vil” e mencionou as perseguições que tem sofrido, citando o caso do filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os EUA devido, segundo o ex-presidente, “ao nível de perseguição que ele [o filho] sofre”.
Bolsonaro também justificou sua ida aos EUA após o término do mandato, dizendo que “entendeu que seria o melhor para todos, inclusive para o candidato adversário”. Ele ainda esclareceu que não estava em Brasília durante os atos de 8 de janeiro. “Não foi encontrada nenhuma referência em meus celulares sobre a organização da manifestação e, mesmo assim, querem, injustamente, me vincular aos atos daquele dia, que teriam a intenção de ‘depor’ um governo eleito”, afirmou.
Tentativa de golpe
Além disso, Bolsonaro afirmou que é acusado de “um crime que jamais cometi” ao comentar a suposta tentativa de golpe de Estado. “Conversei com auxiliares sobre alternativas políticas para a Nação, mas nunca desejei ou levantei a possibilidade de ruptura democrática. As mudanças nos comandos das Forças Armadas foram feitas sem problemas. Sempre agi dentro das quatro linhas da Constituição”, disse.
Críticas ao processo
O ex-presidente classificou o processo como “uma aberração jamais vista” e afirmou que “pessoas foram coagidas a fazer delação premiada para salvar suas famílias”. “As defesas são cerceadas, as investigações correm em segredo de Justiça e são realizadas prisões arbitrárias”, disse, referindo-se ao acordo fechado entre a Polícia Federal e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
Além disso, Bolsonaro afirmou que as “provas de acusação se baseiam em uma única delação premiada”, cujo conteúdo teria sido alterado onze vezes. O ex-presidente também criticou o tempo que sua defesa teve para analisar mais de 1.200 páginas do processo e afirmou que seus advogados não tiveram acesso a todo o material.
“Sou acusado de promover uma tentativa de ‘golpe de Estado’ sem qualquer prova. Durante os quatro anos do meu governo, foram realizadas duas eleições com milhares de candidatos e mais de três dezenas de partidos de diversas matizes, sem um único incidente grave! Todos os eleitos tomaram posse”, completou Bolsonaro.
“A democracia prevaleceu”
No final da mensagem, o ex-presidente disse confiar na Justiça e ressaltou que a democracia prevaleceu, já que Lula tomou posse. “Saí do país, não estava aqui no dia 8/1 e, mesmo assim, tentam me condenar. Sabem que, se eu disputar a eleição presidencial de 2026, serei vitorioso e colocarei novamente o Brasil no rumo certo.”
Fonte: R7