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Um casal de colombianos, Daniela Fernanda Pinchão Ceron e Oscar Medina, foi preso durante a Operação Macondo, em Teresina, na manhã desta quinta-feira (11). Segundo o delegado Roni Silveira, eles estariam no topo do esquema de agiotagem, na capital, onde tinham pessoas contratadas para fazerem as cobranças. Os dois, inclusive, cediam casas e veículos para esses "funcionários".

Silveira explicou que o casal mora há seis anos no Brasil. "Esse casal estava no topo dessa cadeia criminosa. Os indivíduos da primeira etapa da operação, alguns deles eram os que repassavam dinheiro para esse casal, eles eram beneficiários diretos de toda a movimentação financeira. A gente acompanhou uma mudança deles de residência nos últimos meses. O que a gente tem apurado é que eles providenciavam um local para os funcionários deles, os chamados gota a gota, tarjeteiros, a linguagem que eles utilizam ali para quem é responsável direto por ir cobrar. Os indivíduos da parte operacional recebem moradia e os veículos que são utilizados na atividade de cobrança", explicou o delegado em entrevista à TV Antena 10 e ao A10+.
Segundo a polícia, o grupo atuava de forma organizada, oferecendo empréstimos ilegais com juros abusivos que ultrapassavam 30% ao mês. As vítimas eram, principalmente, pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, como trabalhadores autônomos e pequenos comerciantes. Os suspeitos utilizavam métodos coercitivos de cobrança, incluindo ameaças, constrangimentos públicos e intimidação de familiares.
"A prática da agiotagem por si só já é um crime, porém há uma série de outros condutas agregadas, a lavagem de capitais, a extorsão propriamente dita, porque é a forma como eles faziam as cobranças daqueles que se tornavam inadimplentes justamente por ocasião dos juros abusivos", acrescentou.
A segunda fase da Operação Macondo bloqueou R$ 5 milhões das contas de investigados pelo esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão.
A operação decorre da continuidade das investigações, que identificaram intenso fluxo financeiro incompatível com a renda declarada dos suspeitos. De acordo com a SSP-PI, relatórios de inteligência apontaram o uso de contas de terceiros para ocultar valores ilícitos e movimentações que reforçam a suspeita de lavagem de dinheiro.
A Operação Macondo II integra o Pacto Pela Ordem e foi coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI), com apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP).
Fonte: Portal A10+