Ex-superintendente da Strans e sobrinho de Dr. Pessoa está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica após ser alvo de operação em Teresina - Polícia
INVESTIGAÇÃO

Ex-superintendente da Strans e sobrinho de Dr. Pessoa está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica após ser alvo de operação em Teresina

A investigação apura um esquema de exclusão indevida de mais de 2 mil multas de trânsito do sistema da Strans; Bruno Pessoa foi um dos alvos da ação


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O ex-superintendente da Strans, Bruno Pessoa, sobrinho do ex-prefeito Dr. Pessoa, e o ex-gerente de Trânsito, Daniel Araújo, estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica após serem alvos de mandados de busca e apreensão durante a Operação Reset, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR). A ação apura um esquema de exclusão indevida de 2.215 multas de trânsito do sistema da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS).

“Recebemos uma denúncia anônima por meio do site que havia uma situação de exclusão de multas do sistema de trânsito. Iniciamos a investigação e pedimos informações da STRANS, que enviou um relatório que confirmou a denúncia. Detectamos essa exclusão ilegal de mais de 2 mil multas, o que gerou um prejuízo de 500 mil reais”, relatou o delegado Denis Sampaio, Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), à TV Antena 10.

 

O caso teve início a partir de uma denúncia anônima, que indicava a exclusão irregular de infrações. Além dos dois investigados que estão sendo monitorados, a operação também tinha como alvo Lucas da Rocha Lima, servidor comissionado da Strans, que teve a prisão preventiva decretada e está foragido. 

"Ele [Bruno Pessoa] foi alvo de mandado de busca. Ele recebeu uma tornozeleira eletrônica e está sendo investigado para comprovar a efetiva participação dele e de outros. Também o diretor de trânsito da STRANS foi outro alvo que também recebeu a tornozeleira eletrônica [...] Representamos ao Poder Judiciário a representação pela busca e apreensão em dois endereços, bem como a prisão temporária de um servidor comissionado que fazia essa exclusão diretamente no sistema. Não conseguimos localizar o servidor, ele não estava no endereço, ele mudou recentemente e não conseguimos localizar, mas os outros dois mandados foram cumpridos”, detalhou.

  

Ex-superintendente Bruno Pessoa está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica após operação que investiga exclusão ilegal de multas em Teresina
Reprodução

   

As investigações, conduzidas pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), abrangem o período entre fevereiro e junho de 2024. A polícia constatou que nesse período o valor das multas excluídas causou prejuízo superior a R$ 503 mil aos cofres públicos. 

Segundo os investigadores, os servidores comissionados e de trânsito já ouvidos afirmaram que recebiam ordens de superiores e recebiam uma quantia para executar as ordens. Com base no material apreendido, a Polícia Civil espera identificar outros envolvidos no esquema, que pode ter contado com a participação de autoridades e políticos.

“Até o momento foram ouvidos os servidores comissionados e servidores de trânsito. Eles falaram que recebiam ordens de pessoas superiores [...] O que eles recebiam de dinheiro era algo pequeno, uma gorjeta. Eles recebiam ordens de superiores. O objetivo é investigar quem dava essas ordens para esses servidores”, finalizou. 

Os envolvidos poderão responder por exclusão indevida de dados em sistema público, crime com pena de até 12 anos de reclusão. Além de associação criminosa e outras infrações correlatas.

Fonte: Portal A10+


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