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Raifran Machado de Araújo, vulgo Filinho, é um dos donos do baile de reggae que foi interditado pela Polícia Civil do Piauí, na madrugada desta segunda-feira (13), no bairro Dagmar Mazza, zona Sul de Teresina. Ele, que encontra-se preso, é um dos investigados pela morte do traficante de Jad Rubens.
O delegado Tales Gomes informou que a vítima estava no estabelecimento antes de ser executado e desovado no rodoanel na zona Sul de Teresina, em janeiro desse ano.
"Foi feita uma emboscada, um chamamento para o rapaz, um sujeito de nome Jad Rubens para o reggae. Ele foi tirado do reggae após passar alguns instantes no interior do estabelecimento, foi levado para um determinado local onde foi interrogado, torturado, executado e o corpo encontrado na região do Rodoanel. Um dos proprietários lá do reggae já se encontra preso que é o Raifran, outras pessoas foragidas e as investigações em curso", afirmou.
Raifran seria o o executor, de fato, segundo a polícia. Outras cinco pessoas, no entanto, estão foragidas, mas já foram indiciadas por integrar organização criminosa e homicídio qualificado.
De acordo com o delegado, pelo menos 70 pessoas foram abordadas no local e um vasto material ilícito apreendido. Ninguém foi preso.
"Foram abordadas dezenas de homens e mulheres e a gente encontrou porções de drogas, tesouras para cortar os plásticos, embalar droga, skunk, cocaína e recipientes que estavam sendo guardadas essas drogas. Infelizmente, a gente não conseguiu individualizar quem estava em poder desse material, mas de certa forma a apreensão desse material fortalece a investigação de que é um local de uso de drogas, e com todo o respeito, mal frequentado, uma vez que a consulta processual da maioria das pessoas presentes indicava a prática de crimes, de receptação, de tráfico, de homicídio, roubo, inclusive, chamou a atenção a quantidade de mulheres presentes no local com ocorrências de roubo de mão armada, inclusive até de homicídio", detalhou Tales.
O material apreendido será periciado e encaminhado ao Denarc. O outro proprietário foi notificado sobre a ordem judicial de interdição por tempo indeterminado. O delegado pontuou que o estabelecimento, quanto a documentação, encontra-se regular.
"Lá tem CNPJ e está, inclusive, teoricamente relativo aos órgãos de fiscalização, em dias, todo ok. O baile, geralmente, eram na madrugada de domingo para segunda", pontuou.
Área dominada por facção
O delegado Tales Gomes ressaltou que o baile de reggae funciona em local que teria forte domínio de uma organização criminosa. "A Vila Dagmar Mazza pode se considerada como um dos berços de determinada facção aqui na capital, uma vez que dois criminosos contumazes, que são irmãos inclusive, que é o Sapão e o Neto Camelo, são lá da região, tem vários familiares e são altamente perigosos dentro da estrutura da organização. Eles estão na parte mais alta da organização criminosa, inclusive quem tiver informações do Neto Camelo indicar através do telefone (86) 9991-0455, sigilo absoluto garantido", detalhou.
Execução de Jad Rubens e indiciados
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito que apurava o caso Jad Rubens, que foi morto e desovado no rodoanel na zona Sul de Teresina em janeiro deste ano, e indiciou sete pessoas por participação no assassinato. Dois criminosos já foram presos e cinco seguem foragidos.
O delegado Danúbio Dias, do DHPP, concedeu entrevista à TV Antena 10 na quinta-feira (09), e disse que enviou o inquérito ao Ministério Público, e afirmou que não há dúvidas das participação dos suspeitos na morte de Jad Rubens. Segundo o delegado, a morte foi motivada por uma dívida de R$ 30 mil relacionada a venda de drogas.
"O inquérito foi concluído, encerrado ontem, e eu encaminhei o relatório final para que o Ministério Público possa avaliar as provas coletadas ao longo da investigação. Isso ficou evidente no que tange a robustez do inquérito, e a robustez do inquérito, não há dúvidas, quanto à participação dos indiciados do crime. É importante ressaltar que houve o compartilhamento de provas da investigação feita pelo DENARC com o Departamento de Homicídios, demonstrando que, de fato, o indivíduo que autorizou a execução da vítima é um indivíduo membro da família do Norte, e ele autorizou a execução da vítima por conta de uma dívida de drogas no valor de 30 mil reais", explicou o delegado.
Divulgação
Dois dos criminosos já foram presos, sendo eles identificados como Raifran, o executor, e Alisson. Outras cinco pessoas, no entanto, estão foragidas, mas também foram indiciadas por integrar organização criminosa e homicídio qualificado.
Os foragidos são:
- Jorginho
- Patricia
- Douglas
- Mayara
- Romulo
Para a polícia agora o caso foi resolvido e repassado ao Ministério Público. O DHPP agora trabalha para capturar as demais pessoas envolvidas no homicídio.
Fonte: Portal A10+