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*Flash de Ana Paula Barreira - TV Antena 10
Maria do socorro, mãe de Joycilene Nascimento, voltou a falar sobre o caso da filha que foi encontrada morta na última terça-feira (06) no rio Parnaíba, em Teresina. Emocionada, ela pediu justiça e contou como a família está lidando com a repercussão. A vítima foi enterrada na quarta-feira (07) sob forte comoção.
Em entrevista ao Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, Maria do Socorro relatou que recebeu os vídeos da filha sendo torturada, mas não teve coragem de ver, e bastante emocionada disse que a tragédia acabou com a família e a vida dela.
"Eu não tenho nem palavra pra dizer, não sei se eu consigo. Os vídeo eu não consegui ver, mas da maneira que eu recebi a minha filha e minha filha ser mãe de família e a família ficar destruída desse jeito, eu pensei tivessem jogado pelo menos minha filha por aí, descoberto que minha filha não era nada ruim e tinha me deixado não sei quem foi, mas só sei que acabaram com a vida da minha filha, acabou com a minha família, minha vida também", desabafou.
A mãe de Joycilene voltou a afirmar que a filha não tinha nenhum envolvimento com a criminalidade e questionou o fato da irmã paterna estar, aparentemente, obrigando Joycilene para ir para o Clube do Galo, na rua 100.
"Pelo jeito que eu vi a minha filha eu vi ela puxando no braço da minha filha. As imagens mostram que isso aí que eu vi. Então ela estava indo forçada. Minha filha estava totalmente diferente. E ela tinha responsabilidade, pode procurar a todo mundo, vizinho, tudo, puxar a ficha da minha filha, puxar a minha porque minha filha não tinha nada disso do marido dela, ela não saia pra chegar doze, uma hora", declarou.
Maria do Socorro ainda questionou a atitude da irmã paterna da vítima que estava no local com ela. Para a mãe a atitude dela depois do desaparecimento foi incompreensível, pois ela agia como se nada estivesse acontecendo.
"A única coisa que eu vi que todo mundo está sabendo essa é a mulher que levou minha filha daqui e eu fico perguntando porquê aconteceu tudo isso com minha filha e com ela não. E por que que ela não veio abusar no mesmo ato? Na hora que chegava lá armava que meu filho, minha família todinha, meus vizinho quando estão me ajudando, como ajudaram ir atrás da minha filha, todo mundo inventando dizendo que minha filha estava viva. Estava jogada não sei aonde. Talvez tinha encontrado minha filha, mas ela não fez nada. Ela estava simplesmente parecendo que não tinha acontecido nada. Já tem outras câmaras bem aqui que pegaram. Ela veio aqui foi duas, depois três vezes. Na última vez que ela ligou pra mim e me chamou uma pessoa que tem internet no seu celular né? E pode ligar de qualquer lugar… ela não pediu ajuda pra ninguém, foi avisar bem depois", comentou indignada.
Socorro contou que após encontrarem o corpo ela não procurou a família e não mandou nenhuma mensagem. Maria do Socorro também relatou que ainda não tem nenhuma informação sobre o andamento das investigações e que agora a única coisa que ela quer é justiça.
"Depois que acharam, vi pelo Beto Rego. De manhã ligaram e dizendo que minha filha estava nos hospital, meu filho desesperado. [..] eu digo gente não procura mais minha filha, ela está morta ali é a Joyci já estava estava confirmado. Nunca imaginei que isso ia acontecer, porque a minha filha não ia andar fora de casa. Minha filha não era de andar em meio de rua nem com o patrão tinha com colegagem. A minha filha já estava dentro de casa cuidando de mim, dos filhos do marido. Agora eu vou lutar por justiça, eu quero só uma solução", finalizou.
DHHP afirma existir divergência de informações e investiga assassinato
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso da jovem Joycilene Nascimento Silva. Em entrevista à TV Antena 10, o coordenador do DHPP, delegado Francisco Baretta, afirmou que a vítima pode ter conhecido o criminoso em algum momento da vida e que a polícia já encontra divergência de informações.
''Há uma divergência que nós encontramos em outra informação. Isso vai ser esclarecido durante a investigação. Nós estamos analisando todas as informações. O inquérito está sendo formatado. A gente não pode dizer se há ou não envolvimento em ato criminoso dela, da irmã ou de alguém muito próximo dela. O crime de homicídio tem estrutura típica de tempo, espaço, ação e resultado. Algum tempo da vida a vítima e o criminoso se encontraram e a policia agora vai delinear qual foi momento daquele encontro do passado'', explicou Barêtta.
Na fase de construção de inquérito, o DHPP reúne todos os vídeos e áudios enviados a família para análise. Além disso, será feito um contato com a delegacia de Timon para obter relatos iniciais sobre o caso. O Instituto Médico Legal (IML) deve entregar laudo afirmando se Joycilene foi jogada já sem vida no Rio Parnaíba ou se foi submetida a tortura, qualificadora do crime, no local.
''Foi constatado que na cabeça dela tinham cinco lesões profundas aparentemente não provocadas por arma de fogo. Mas a família disse que recebeu áudio dizendo que ela estava em cativeiro e um vídeo mostrando que ela estava bastante machucada. Nós estamos arrecadando, vamos fazer a apreensão desse vídeo, desse material e encaminhar para o setor de análise de imagem para verificar o local bem como identificar as pessoas que estavam lá'', disse.
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Fonte: Portal A10+