Operação da PF no Piauí e mais 3 estados desmonta esquema de fraude em vestibular de medicina; entenda - Polícia
OPERAÇÃO PASSE LIVRE

Operação da PF no Piauí e mais 3 estados desmonta esquema de fraude em vestibular de medicina; entenda

As investigações apontaram que um grupo criminoso resolvia as provas para candidatos pelo valor de R$ 2 mil


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(Atualizada às 11h02)

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão, no Piauí, no âmbito da 4ª fase da Operação Passe Livre, que investiga um esquema criminoso responsável por fraudar vestibulares para ingresso em cursos de medicina de faculdades particulares.

As ações ocorrem também no estados do Pará, São Paulo e Tocantins na manhã desta quarta-feira (16). Segundo a PF, o grupo criminoso resolvia prova para candidatos pelo valor de R$ 2 mil. No total, são cumpridos 27 ordens judiciais, sendo que no Piauí, houve a execução de uma ordem judicial. 

  

PF cumpre mandados no Piauí contra esquema de fraude de vestibulares para ingresso no curso de Medicina; Entenda Divulgação/PF

   

"A fraude consistia em burlar o sistema de segurança das provas de vestibulares online de várias faculdades de medicina, permitindo, por exemplo, que terceiros tivessem acesso às questões das provas. Em outros casos, um dos investigados realizava as provas no lugar dos beneficiários da fraude. Foram identificadas situações em que o grupo chegou a fraudar provas para nove candidatos simultaneamente, utilizando-se de vários associados para resolver as questões da prova", explica a PF.

De acordo com a polícia, durante a análise dos materiais apreendidos foram identificados, até agora, 63 investigados e provas fraudadas nos quatro estados.

A investigação é desdobramento das fases anteriores da Operação Passe Livre (deflagrada em fevereiro) que desvendou fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2022 e 2023.

Como funcionava o esquema

Conforme a PF, restou confirmado - através de comprovantes de transferências bancárias - pagamentos relativos à compra da resolução das questões das provas. Os valores pagos pela realização das fraudes eram divididos entre os responsáveis por resolver ilicitamente as questões das provas.

Até o presente momento, foi evidenciada também a associação de mais de 30 investigados para, criminosamente, realizar as provas no lugar de terceiros ou fornecer as respostas para inserção nos sistemas.

"O caso impressiona pela expertise e facilidade encontrada pelos criminosos em burlar os sistemas de segurança das provas online de vestibulares de medicina de várias faculdades. Diante da repercussão nacional e da necessidade de repressão uniforme, foi exarada autorização do Ministro da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal investigasse o fato criminoso", destacou  a polícia.

Crimes

Se confirmada a hipótese criminal, os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao longo da investigação.

Nome da operação

O nome “Passe Livre” faz alusão à facilidade para a concretização da fraude.

Fonte: Portal A10+


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