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A blogueira e organizadora do evento alvo de operação do DRACO, Sarah Brenna, disse, através das redes sociais, que as pessoas conduzidas para a delegacia foram obrigadas a afirmar que ela e o esposo iriam fornecer drogas no local. O reality acontecia na zona rural de Teresina.

Em longa declaração, ela ressaltou que jamais teria combinado com os participantes que ela e o esposo iriam distribuir entorpecentes na festa, que já estava em sua terceira edição. Sarah apontou que Pedro Lopes, o Lokinho, teria falado, mas em tom de brincadeira, que iriam fornecer 50g de Skunk, em um grupo no WhatsApp. 

"Todos que levaram, assumiram a droga. Uma das meninas preparou o cigarro de maconha e guardou dentro do press kit, para consumo próprio,  e eles encontraram dentro do press kit essa pequena quantidade. O Lokinho com as brincadeiras idiotas dentro do grupo disse que eu levaria, e em uma brincadeira infeliz, eu disse que levaria dois litros (de loló), e dei risada, mas foi comprovado que não foram levados, não levei drogas e nada", detalhou.  

Ela afirmou que todas pessoas interceptadas, na ação, colaboraram com os policiais. Ao total, teriam sido apreendidos a quantidade de 9,5 gramas de maconha. E que na delegacia, os blogueiros foram coagidos a dizer que a droga seria disponibilizada pelos organizadores, caso contrários, seriam presos.

"Após terem assumido a droga, ao chegarem na delegacia, eles foram coagidos a dizer que eu ia fornecer as drogas. Onde eu tenho prints, que eu vou provar, que eles foram obrigados a dizer que eu levaria drogas ou seriam presos. A Vitória que não concordou com isso, foi até ouvida por outro delegado. Eles levaram o limite para serem usuários, levaram de casa, não foi comprado dentro do meu evento", ressaltou.

Sarah pontuou que nem ela e nem o esposo são usuários de drogas, e que iriam fazer exames toxicológicos. A mulher disse que aguarda por Justiça e que vai provar sua inocência.

"Meu esposo tem problema psicológico, sendo acusado de uma coisa que não fez, ele está em estado de choque, vamos fazer um tratamento. Que todos os culpados sejam responsabilizados, a Justiça deve ser feita. Em todos os momentos colaboramos para que tudo fosse resolvido da melhor forma. Eles foram coagidos, foram ameaçados a dizer, embora eles quisessem dizer que era uma brincadeira, se eles não fizessem isso seriam detidos. Vamos correr para provar nossa verdade", destacou.

O carro dela ficou apreendido junto a outros pertences, além dos celulares, os quais, eles disseram que também teriam sido obrigados a passarem as senhas.

"Meu ficou carro apreendido mesmo sem encontrar nada. Não temos associação ao crime ou tráfico de drogas. Minha mansão era para realizar entretenimento, estamos à disposição da Justiça diante de todos os fatos. Todos que estão falando inverdades sobre mim serão processados e vão responder juridicamente", concluiu.

Lokinho diz que organizadores de evento alvo de operação do Draco prometeram drogas para os convidados

Pedro Lopes, o Lokinho, confirmou à polícia o consumo de drogas por ele e outros influenciadores detidos em um sítio na zona rural de Teresina, em operação do Draco, nesta sexta-feira (23). O A10+ obteve acesso ao depoimento do blogueiro que apontou ainda que os donos da festa, Vinicius e Sara, teriam prometido a distribuição de de maconha, do tipo Skank para os convidados.

Aos policiais, ele detalhou que não teria envolvimento com o tráfico de drogas, mas que seria usuário.

O organizador do evento, segundo Lokinho, teria vindo à Teresina, acompanhado de outro indivíduo identificado como Will, buscar um equipamento de som e a droga, que seria distribuída no local.
Na chegada à delegacia, Lokinho ainda debochou da situação. Ele foi liberado em seguida, após o interrogatório.

Prisão de Lalazinha

A operação tinha como foco prende uma influencer de iniciais L.G.R., conhecida como “Lalazinha”, de 19 anos, em um evento chamado “Fazenda 3”, que reunia influenciadores digitais da cidade.

Embora o ambiente se apresentasse como uma festa comum, os levantamentos do DRACO indicaram que eventos desse tipo vêm sendo utilizados como espaços de articulação de facções, com práticas ilícitas, ostentação de luxo e recrutamento simbólico de novos membros por meio das redes sociais. Lokinho e outros influencers foram encaminhados à delegacia.

Alvo da Operação Faixa Rosa, “Lalazinha” estava foragida desde a emissão de mandado pela Central de Inquéritos da Comarca de Teresina. Ela ganhou notoriedade nacional como uma das chamadas “blogueiras do crime”, utilizando suas redes sociais para divulgar conteúdos relacionados ao grupo criminoso, com imagens de armas, drogas e mensagens desafiando as autoridades.

“Tinha a presença de pessoas foragidas da justiça e integrantes de facção criminosa. Efetuamos a prisão da foragida, a Lalazinha, apreendemos uma certa grande quantidade de entorpecentes. Constatamos também que os organizadores do evento estavam distribuindo entorpecentes para os participantes. O casal, organizador do evento, também foi detido. Vamos colher os depoimentos e esclarecer essa situação. Conseguimos constatar uma certa grande quantidade de drogas com o Lokinho”, relatou o delegado Charles pessoa, coordenador do DRACO, à TV Antena 10.

Fonte: Portal A10+