Pais e avós são presos em Teresina suspeitos de matar bebê queimado em ritual - Polícia
INVESTIGAÇÃO

Pais e avós são presos em Teresina suspeitos de matar bebê queimado em ritual

Polícia descartou versão de que criança foi sequestrada, diz delegado


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(Atualizada às 09h28)

A Polícia Civil do Piauí prendeu o pai, a mãe e os avós paternos do bebê Wesley Carvalho Ferreira, 1 ano e 10 meses, que segundo a família teria sido sequestrado em 29 de dezembro na Praça da Bandeira, Centro de Teresina, e que só depois de 42 dias, em 09 de fevereiro deste ano, a tia da criança procurou a delegacia e registrou um boletim de ocorrência. Segundo a polícia, a criança foi sacrificada [queimada] pela família em um ritual. 

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) deu início às investigações sobre o caso no último dia 15 de fevereiro. Vizinhos e familiares prestaram depoimentos. Na noite de ontem, Ângela, o pai e os avós de Wesley foram presos. Eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes. 

O A10+ apurou que a versão do suposto sequestro já foi descartada pela polícia. A criança foi queimada em uma caeira, no entanto, seu corpo ainda não foi localizado. A motivação do crime ainda é desconhecida. 

“Cumprimos quatro mandados de prisões temporárias, sendo do pai, mãe e avós da criança. Eles já foram interrogados e existem alguns fatos obscuros e controversos que precisam ser esclarecidos. A Polícia Civil descarta a hipótese de sequestro e trabalha com outra linha, uma delas, é que a família da vítima ficou em jejum duas semanas e depois colocou fogo em seu corpo. As investigações continuam com intuito de esclarecer a verdade. Iremos fazer perícia no local onde foi indicado que a criança foi morta e sacrificada para trazer elementos técnicos para o bojo da investigação”, explicou o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada da Polícia Civil do Piauí.


Perícias foram realizadas na residência onde os pais de Wesley moravam na zona rural. A polícia já trabalhava com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver no caso do desaparecimento do bebê Wesley Carvalho.

Em entrevista ao A10+, o delegado Matheus Zanatta citou que o principal questionamento da polícia é o que teria motivado os pais de Wesley a não denunciar o suposto sequestro. 

Entenda o caso

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) está investigando o desaparecimento do bebê Wesley Carvalho de Ferreira de 1 ano e 10 meses. A família diz que o bebê foi tomado dos braços da mãe em dezembro de 2021, na praça da Bandeira, Centro de Teresina.

 

Mãe da criança relatou à TV Antena 10 que tinha medo de denunciar o caso
Reprodução

   

Em entrevista ao A10+, Raimundo Wellington, sobrinho de Angela Valéria, mãe da criança, afirmou que a família só teve conhecimento do caso dois meses após o desaparecimento. Para a família, Angela contou que estava na praça com o marido, pela manhã, esperando o ônibus, já para retornar a sua residência, quando dois homens chegaram armados, e pediram a criança, sob ameaça de atirar no casal e bebê.

"Ela estava em casa, e passou alguns dias sem dá noticia, nós fomos lá para saber como eles estavam, quando chegamos lá, ela deu essa notícia, que tinha ido com o marido dela fazer compras, aí quando chegaram dois homens pedindo a criança, aí eles entregaram a criança. Eles ficaram sem reação", disse.

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