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(Atualizado às 17h08)
Uma mulher identificada como Maria Mikaely Rodrigues da Silva, foi presa na tarde desta quinta-feira (12) por equipes do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), na região do bairro Dilma Rousseff, na zona Norte de Teresina. Ela é apontada como integrante do Tribunal do Crime do Bonde dos 40 e teria sentenciado à morte das irmãs Joicinéia Dias da Silva e Francinete Pereira da Silva Neta.
Os corpos das vítimas foram encontrados em uma cova rasa no dia 16 de novembro, em área de mata no residencial Edgar Gayoso. Em entrevista à TV Antena 10, o delegado Jorge Terceiro, responsável pelo caso, explicou que a presa já foi interrogada e deu detalhes sobre como o sequestro das irmãs se deu. Além disso, Maria Mikaely Rodrigues da Silva negou que tenha praticado qualquer tipo de agressão contra as vítimas, tendo apenas presenciado o interrogatório por parte de outros faccionados.
“Ela confirma que estava na residência dela no dia que as moças foram sequestradas e ela foi chamada por terceiros para ir até um determinado local. Chegando lá já estavam as duas moças sob uma espécie de cativeiro em que os indivíduos questionavam elas a todo o momento o que elas faziam ali e que já sabiam que elas eram membras de uma facção rival, estavam na área de outra facção e perguntaram se elas conheciam certos indivíduos vinculados a facção também. E ela disse que fizeram esse interrogatório dessas moça lá. Ela nega que tenha praticado qualquer tipo de agressão contra elas, mas declinou o nome de algumas pessoas que estavam lá. Essas pessoas são objetos de investigação no nosso procedimento, algumas delas já possuem mandados em aberto. A qualquer momento outros indivíduos serão presos”, disse o delegado.
Jorge terceiro pontua ainda que a investigada teria declinado nomes de outros envolvidos e confirmado a possível motivação das execuções.
“Ela disse que foi apenas chamada lá porque é do grupo (facção) desse pessoal e que ela costuma andar com esse pessoal. Ela inclusive confirmou que o motivo da morte das moças teria sido briga de facções. As moças residiam em um bairro da cidade que seria do domínio de uma facção rival e estavam em um bairro de domínio de outra facção, no caso do Bonde dos 40. Ela disse que o pessoal viu elas lá, pegaram as duas, que estavam com uma criança; a criança depois foi levada para uma outra residência e elas foram levadas para um local que ela afirma não ter presenciado. Ela nega ter presenciado os atos executórios finais das moças, mas no momento dos interrogatórios delas pelos membros da facção, ela confirma que presenciou”, completa.
Maria Mikaely foi encaminhada à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.
Relacionamento com facções rivais é uma das linhas de investigação
As investigações apontam que duas irmãs se relacionavam com membros tanto do PCC quanto do Bonde dos 40, o que teria motivado o crime. Ele relatou ainda que elas tinham envolvimento com o mundo do crime e com o tráfico de drogas. O crime foi presenciado por uma criança de 4 anos de idade, filha de uma delas.
Segundo o DHPP, as duas jovens saíram de casa com duas crianças, uma de 4 anos e outra de 6, que foi deixada na casa de uma tia momentos depois. A menina de 4 anos continuou com as duas jovens e acabou presenciando todo o crime. Ela foi entrevistada por membros do conselho tutelar e deu detalhes sobre a morte das jovens.
Fonte: Portal A10+