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A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), indiciou três homens por envolvimento no homicídio da cabeleireira Aryadina Montenegro, de 23 anos, encontrada morta com sinais de espancamento e o rosto deformado em julho deste ano, no bairro São Joaquim, em Teresina. Dois dos suspeitos foram identificados como Orlando Silva e Carlos Daniel. A identidade do terceiro envolvido ainda é desconhecida.
À TV Antena 10, a delegada Nathália Figueiredo, do núcleo de feminicídio do DHPP, explicou que, além dos três acusados indiciados, um menor de idade também participou do crime. Os três maiores de idade devem responder pelo crime de homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa à vítima.
“Concluímos o inquérito. Ao todo foram realizadas três prisões de maior idade, eles foram indiciados por homicídio com três qualificadoras, motivo torpe, meio cruel, sem chance de defesa à vítima, além disso, organização criminosa e também corrupção de menores, tendo em vista que eles praticaram crime com autoria com menor idade, que também foi apreendido ainda na sexta-feira, e acreditamos que até o final da semana também vamos concluir o procedimento em relação ao adolescente”, disse.
A delegada destacou que a vítima não tinha envolvimento com facções. Segundo ela, Aryadina vivia em uma área que seria dominada pela facção Bonde dos 40, o que teria irritado os dois que são integrantes do PCC. Apesar do corpo da vítima ter sido encontrado com várias lesões, supostamente provocadas por pedradas na região do rosto, a delegada afirmou que o crime não foi motivado por transfobia.
“Não tivemos elementos suficientes que nos trouxessem que a vítima seria envolvida com facção criminosa. No entanto, o fato dela residir em um bairro que era de uma facção rival a deles foi encontrado como um dos motivos. Embora se trate de uma mulher trans, não vimos elementos suficientes para chegarmos à conclusão que foi um crime motivado por transfobia”, destacou.
Os indiciados já tinham passagens pela polícia e um deles era investigado por outro homicídio, segundo a delegada Nathália Figueiredo. Ela também apontou que mesmo com os indícios que apontam os suspeitos como autores do crime, eles negam.
“A gente viu que em relação a ele já havia uma criminalidade pregressa. Também, por exemplo, no contexto de Orlando, que foi o primeiro preso, já era investigado por outras delegacias de homicídio por crime similar. Eles continuam negando, mas nós tivemos elementos suficientes, tanto para indiciamento como para a representação das prisões preventivas”, finalizou.
Fonte: Portal A10+