AGU pede investigação de deputado que disse que quer a morte de Lula - Política
INVESTIGAÇÃO

AGU pede investigação de deputado que disse que quer a morte de Lula

Durante sessão, Gilvan da Federal afirmou que quer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) morra


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A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou uma notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando que as instituições adotem as providências cabíveis, incluindo possível investigação criminal, por causa das declarações feitas pelo deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

Na sessão, o parlamentar afirmou que quer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) morra. "Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra. Quero que ele vá para o quinto dos infernos porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer... tomara que tenha um ataque cardíaco. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele andem com seus seguranças desarmados”, disse Gilvan, na terça-feira.

  

Deputado Gilvan da Federal
Divulgação

   

Para a AGU, as declarações podem configurar, em tese, os crimes de incitação ao crime (art. 286 do Código Penal) e ameaça (art. 147 do Código Penal), merecendo apuração rigorosa pelos órgãos competentes.

  

Lula Ricardo Stuckert/PR
   

“Há de se apurar, ainda, se tais manifestações excedem ou não os limites da imunidade parlamentar, de acordo com o art. 53 da Constituição Federal, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que tem entendido que a imunidade material não protege manifestações que configurem crimes contra a honra ou incitação à violência, especialmente quando se voltarem contra instituições democráticas ou agentes públicos investidos em função de Estado”, cita a AGU.

Além de encaminhar a notícia de fato à PF e PGR, a AGU determinou a imediata instauração de procedimento administrativo interno para apurar o fato, ressaltando que as providências adotadas “visam à salvaguarda da integridade das instituições republicanas e do Estado Democrático de Direito”.

O deputado Gilvan da Federal ainda não se manifestou sobre o pedido da Advocacia-Geral da União.

Fonte: Correio Barsiliense


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