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A crise no transporte público de Teresina voltou a ser discutida na Comissão de Desenvolvimento Urbano e Acessibilidade na manhã desta sexta-feira (03) na Câmara Municipal de Teresina. Com representantes do Sintetro, da Defensoria Pública, Associação de Cadeirantes de Teresina (Ascamte), além de líderes estudantis e comunitários, o vereador Dudu (PT), presidente da comissão, afirma que existe a necessidade de envolvimento do Ministério Público do Trabalho e da defensoria do trabalho com medidas enérgicas. 

"A gente tem que chamar a responsabilidade os órgãos que defendem as relações trabalhistas, contrato de trabalho, que é o Ministério do Trabalho e a Procuradoria do Trabalho, eles têm que sair dessas cadeiras também, não tem como o empresário em Teresina em qualquer lugar desse país ter que cumprir as suas obrigações trabalhistas e o Setut não cumprir, a procuradoria não tomar posição dura. Os empresários de transporte público de Teresina não pagam o salário em dia, não cumprem os acordos trabalhistas, não cumprem os dissídios coletivos, não cumprem nenhum tipo de relação. Não pagam em dias os seus FGTS, os seus INSS e a procuradoria tá lá de braço cruzado. Qualquer um comerciante, qualquer um, seu Zé, que tem uma quitanda na na periferia dessa cidade, que tem um trabalhador que ele não paga, se ele não recolhe o FGTS, não recolhe o INSS e ele é acusado de apropriação indébita e tem um um um processo criminal. E isso a gente não vê também lá na procuradoria. Então nós precisamos também chamar a procuradoria do trabalho pra que ela possa confiscar os bens desses empresários para obrigar eles a pagar os trabalhadores", pontuou o vereador. 

Segundo o vereador Dudu, uma das medidas sugeridas seria o confisco dos bens de empresários com débito. Durante a reunião, denúncias feitas durante a CPI do Transporte Público, realizada em 2022, foram levantadas e o agravamento delas narrados por representantes do Sintetro e da Ascamte. A máfia dos passes eletrônicos, quando os donos de vans inflam o número de passageiros para receber um valor maior da PMT, e a precariedade do transporte eficiente foram pontos levantados.

"Nós vamos pedir que seja apurado. O transporte eficiente não é do empresário é da população de Teresina. E eles recebem um dinheiro para operacionalizar esse sistema e a Ascamte denunciou que só tem cinco ônibus. É verdade porque vi em loco na CPI. São todos esses questionamentos que precisam ser trazidos novamente a tona", relata.

Fonte: Portal A10+