Franzé Silva diz que ‘falta coragem’ para Dr. Pessoa decretar emergência no transporte público - Política
DECLARAÇÃO

Franzé Silva diz que ‘falta coragem’ para Dr. Pessoa decretar emergência no transporte público

Sem acordo, motoristas e cobradores de ônibus já estudam realizar uma greve no sistema


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O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva (PT), declarou nesta terça-feira (07), em entrevista à TV Antena 10, que 'falta coragem' para o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) decretar situação de emergência no transporte público de Teresina. Sem acordo, motoristas e cobradores de ônibus já estudam realizar uma greve no sistema ainda esta semana, principalmente depois que o Setut informou que não tem dinheiro para pagar os trabalhadores.

Questionado sobre o assunto, Franzé afirmou que o prefeito deveria resolver o impasse entre os empresários e os trabalhadores. O petista reforçou que o problema não é de agora, mas tem piorado na gestão Dr. Pessoa. Entre as medidas, o presidente da Alepi citou a quebra do contrato com empresas que não estão prestando serviços para a população.

  

Franzé Silva e Dr. Pessoa
Thiago Amaral - Alepi / Jade Araújo - A10+

   

"Hoje nós precisamos fazer o debate e apresentar caminhos. Se eu fosse prefeito já teria feito uma situação de emergência no transporte. Decretar emergência seria para efetivamente suspender as empresas que não estão atendendo a população de Teresina e contratar por dispensa de licitação empresas que seria estruturadas nacionalmente para atender e resolver o problema de transporte publico e abrir licitação. Para isso serve a questão do estado emergencial. Prefeito tivesse coragem já tinha feito isso e solucionado um problema que vem afetando a vida dos piauienses", disse o presidente da Alepi à TV Antena 10.

Ao A10+, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) rebateu as declarações do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva e afirmou que elas estão "equivocadas" sobre a decretação do estado de calamidade pública no transporte urbano de Teresina.

"Quem está em estado de calamidade pública é a Prefeitura de Teresina, que vem descumprindo com sua obrigação contratual de repassar mensalmente os valores devidos às empresas de transporte público, que gira em torno de R$ 5,5 milhões/mês", disse o Sindicato.

Veja abaixo a nota na íntegra:

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) vem à público esclarecer que as declarações do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva, estão equivocadas sobre a decretação do estado de calamidade pública no transporte urbano de Teresina, para daí haver contratação de novas empresas para operar nesse sistema.

Quem está em estado de calamidade pública é a Prefeitura de Teresina, que vem descumprindo com sua obrigação contratual de repassar mensalmente os valores devidos às empresas de transporte público, que gira em torno de R$ 5,5 milhões/mês.

Esses valores devidos são referentes às várias gratuidades existentes no sistema, a segunda passagem gratuita nas integrações, ao desconto de 67% na tarifa estudantil, como também ao quantitativo de ônibus ofertados aos usuários, que se torna superior ao necessário, tecnicamente. Todos esses valores devidos estão previstos na licitação do transporte público, bem como no contrato da prestação do serviço.

O SETUT ressalta ainda que é de fundamental importância, que as autoridades públicas, antes de se lançarem em promessas aventureiras e de interesses duvidosos, procurem passar para a coletividade as informações reais e transparentes do sistema, divulgando os custos dos serviços, assegurados por comprovantes fiscais.

Diante disso, a entidade continua a afirmar em respeito à população, e de modo responsável e seguro, da plena impossibilidade de se operar os serviços de transportes urbanos de Teresina, com boa efetividade, sem receber os subsídios públicos contratuais previstos.

Crise também afeta transporte eficiente de Teresina

Trabalhadores do transporte eficiente em Teresina paralisaram as atividades nesta terça-feira (07). Ao A10+ o Sindicato dos Trabalhadores Empresas de Transportes (Sintetro) alega que os trabalhadores estão há 3 meses sem receber e que falta gasolina nos ônibus da frota. Há anos Teresina vive uma crise no transporte urbano com paralisações e greves devido a falta de pagamento e condições de trabalho. 

  

Trabalhadores do transporte eficiente paralisam atividades
divulgação

   

“Estamos na empresa do transporte eficiente com os carros parados, sem combustível e estão parados. É um descaso total, um colapso total que transforma Teresina no caos. Cada ano que se passa se torna o caos maior. Imagine quem precisa desse transporte não poder utilizar. Os funcionários estão há 3 meses sem receber”, afirma o presidente do Sintetro, Antonio Cardoso. 

O que diz a Strans?

O superintendente da Strans, Bruno Pessoa, alega que em janeiro foi feito o repasse de R$ 850 mil ao Setut e que o órgão foi surpreendido com essa demanda na sexta-feira. A expectativa é que a situação seja resolvida até esta sexta-feira (10). 

"Essa questão do descumprimento da ordem de serviço que é reiteradamente feito então a não prestação de serviço não pode ser condicionada a algum repasse. A medida que eles façam o cumprimento desse serviço com certeza a gente pode fazer isso. Sexta-feira a gente foi surpreendido com esse oficio informando dessa dificuldade. apesar disso ser uma questão trabalhista entre o sindicato laboral e patronal a gente não se furtou de sentar a mesa e conversar junto com procurador para tentar mediar as partes e achar uma solução. Levaremos a demanda ao Dr. Pessoa e talvez a gente consiga solucionar isso o mais tardar na segunda-feira", explica o superintendente.

Fonte: Portal A10+


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