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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro traíram o país ao solicitarem a aplicação de tarifa de 50% sobre mercadorias brasileiras exportadas aos Estados Unidos.
Lula também negou haver qualquer perseguição judicial contra Bolsonaro no Brasil. Segundo o presidente, se Donald Trump — ex-presidente dos Estados Unidos — tivesse nacionalidade brasileira, estaria sendo julgado pelo ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021.

“Veja o absurdo: essas mesmas pessoas, que vestiam a camisa da seleção brasileira e carregavam a bandeira nacional, dizendo-se patriotas, estão agora de joelhos diante do presidente dos Estados Unidos, pedindo que interfira nos assuntos internos do Brasil”, afirmou Lula.
“É uma combinação de falta de patriotismo, cinismo e traição. Estão pedindo — o Eduardo Bolsonaro — que o presidente norte-americano aumente as tarifas sobre nossos produtos em troca da libertação do pai", discursou.
Segundo o raciocínio de Lula, Eduardo esta trocando o país pelo pai.
“Que tipo de patriota age assim? Isso é pior do que Silvério dos Reis. Silvério traiu Tiradentes, mas esse cidadão está traindo a nação, o povo brasileiro”, acrescentou. Joaquim Silvério dos Reis delatou os inconfidentes mineiros, o que resultou na execução de Tiradentes há 223 anos.
Relação cordial
Sobre a ameaça de aplicar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, Lula destacou manter relação cordial com os Estados Unidos.
“O Brasil tem 201 anos de vínculos com os Estados Unidos, uma relação respeitosa, construída com base na qualidade do diálogo. Por isso, me causou estranheza o fato de o presidente norte-americano divulgar, em sua plataforma, uma carta em que afirma que o Brasil será tarifado em 50% e solicita o fim da suposta perseguição a Bolsonaro”, comentou.
Falta de diálogo
Segundo Lula, se o chefe de Estado norte-americano tivesse feito contato direto, poderia ter recebido esclarecimentos.
“Explicaria, pois mantenho bom relacionamento com todos. Bastava me ligar. No entanto, ele foi induzido a acreditar numa mentira — a de que Bolsonaro estaria sendo perseguido", apontou o petista.
Lula garantiu que Bolsonaro “não é alvo de perseguição”.
“Está sendo julgado com direito à ampla defesa. Tentou dar um golpe. Não aceitava a posse minha e do Alckmin e chegou a organizar um grupo para assassinar o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, além de mim e do vice-presidente. Isso já foi comprovado por meio de delações”, disse.
O presidente: “Se tivesse telefonado, explicaria ao presidente Trump que Bolsonaro não sofre perseguição, está sendo processado conforme a lei. E afirmei numa entrevista: se Trump morasse no Brasil e tivesse promovido aqui o que promoveu no Capitólio, também estaria sendo julgado. Neste país, quem determina os rumos é o povo brasileiro”.
Fonte: R7