Macaé Evaristo confirma que será nova ministra dos Direitos Humanos - Política
MINISTÉRIO

Macaé Evaristo confirma que será nova ministra dos Direitos Humanos

Pela manhã, deputada estadual do PT conversou com Lula no Palácio da Alvorada


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A deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) será a nova ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania. O R7 confirmou a informação com a própria parlamentar e com fontes do Palácio do Planalto. O nome foi oficializado na tarde desta segunda-feira (9) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela manhã, Macaé se reuniu com ele no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência.

Até a posse de Macaé, a chefia da pasta federal é ocupada interinamente pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, desde a última sexta (6), quando o então ministro Silvio Almeida foi demitido, após denúncias de assédio sexual.

  

Macaé Evaristo confirma que será nova ministra dos Direitos Humanos Ricardo Stuckert/PR
   

Professora desde os 19 anos, Macaé Evaristo tem 59 anos e é natural de São Gonçalo do Pará (MG). Está no primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e é graduada em serviço social e mestre e doutoranda em educação. A deputada foi a primeira mulher negra secretária municipal de Educação de Belo Horizonte (MG), entre 2005 e 2012, e a secretária estadual de Educação, de 2015 a 2018. De 2013 a 2014, Macaé foi secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC (Ministério da Educação).

Também cotada para assumir o ministério, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) chegou a ser sondada, mas não aceitou a indicação. Apesar de manter a preferência por uma pessoa negra à frente da pasta federal, Lula deve se afastar da figura de Almeida ao escolher uma mulher com vida pública anterior — o ex-ministro era da academia e estreou na polícia quando assumiu o ministério.

Demissão de ministro acusado de assédio sexual

Antes da exoneração, Lula convocou Silvio Almeida para uma reunião no Palácio do Planalto, que também contou com a presença dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Dweck e Cida Gonçalves (Mulheres).

Na nota divulgada pelo Palácio do Planalto, na noite de sexta (6), é mencionado que Lula decidiu pela demissão de Silvio Almeida por considerar “insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual.”

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias”, destacou a instituição, que diz oferecer “suporte incondicional às vítimas, mesmo que isso envolva enfrentar grandes forças e influências associadas ao poder do acusado”.

“A exposição de um suposto agressor poderoso pode encorajar outras vítimas a romperem o silêncio. Em muitos casos, o abuso não ocorre isoladamente, e a denúncia pode abrir caminho para que outras pessoas também busquem justiça”, acrescentou o Me Too Brasil.

Fonte: R7


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