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Dando continuidade à série de entrevistas com os gestores e secretários de Rafael Fonteles, novo governador do Piauí, o A10+ conversou nesta terça-feira (10) com Zenaide Lustosa, titular da Secretaria Estadual da Mulher. Em entrevista, a gestora relatou as ações que serão executadas, entre elas, o fortalecimento das delegacias especializadas e as medidas para reduzir os casos de feminicídio no estado, principal desafio da pasta.
O órgão fazia parte da coordenadoria Estadual de Políticas para as Mulheres e com a reforma administrativa de Rafael Fonteles (PT) foi transformado em Secretaria. Para ela, essa mudança representa mais autonomia para o combate à violência contra a mulher.
"Ela fortalece o organismo de políticas para as mulheres, porque dá mais autonomia a gente pode avançar na execução das políticas. Além disso também a questão da votação orçamentária. A própria estrutura organizacional, então tudo isso tem um retorno direto pra sociedade", contou.
A secretária também elencou que as ações prioritárias serão trabalhadas em três eixos principais, são eles: o enfrentamento da violência, educação e no eixo econômico para garantir com que as mulheres tenham autonomia financeira.
"Os três eixos que a gente vai priorizar é o enfrentamento à violência, nesse eixo o diálogo com a Secretaria de Segurança é muito importante, precisamos melhorar a estrutura desses espaços, as delegacias especializadas. Na educação, em parceria com a Secretaria de Educação, vamos trabalhar um projeto permanente dentro das escolas que foca na igualdade de gênero. No eixo da autonomia econômica nós estamos já agora no final de janeiro, início de fevereiro, realizando capacitações com o SEBRAE que passam pela questão de como montar seu negócio, como precificar.Todas os instrumentos necessários pra que você possa montar seu negócio e profissionalizar", explicou.
Zenaide Lustosa também destacou que o alinhamento entre a Secretaria, os municípios e o Governo Federal serão importantes para o enfrentamento da violência e no trabalho na educação básica para transformar a estrutura desigual entre homens e mulheres dentro da sociedade. Entre os principais desafios a serem enfrentados está o feminicídio e fazer com que as políticas públicas cheguem às mulheres mais vulnerabilizadas da sociedade.
"Os grandes desafios que a gente têm são chegar àquelas mulheres que estão lá na ponta e que não recebem. Nesse sentido a gente tem que trabalhar de forma integrada com outras secretarias pra que a gente possa avançar. A questão do feminicídio também que avança no Piauí, a gente tem que fortalecer essa rede de atendimento das mulheres, que não passa só pelo Governo do Estado, mas também de várias instituições, como o Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, a sociedade civil que muitas vezes a porta de entrada das denúncias ela não vem só por uma delegacia", contou.
Aplicativos como Salve Maria, usados no combate à violência doméstica, e os canais oficiais também serão fortalecidos. Além do acompanhamento da denúncia para que as mulheres se sintam mais seguras em realizar as denúncia. "Tem que denunciar, a gente não pode deixar para lá, porque o silêncio termina nos matando e matando outras mulheres", finalizou.
Fonte: Portal A10+
