Tragédia Yanomami: Lula exonera 10 coordenadores de saúde indígena - Política
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Tragédia Yanomami: Lula exonera 10 coordenadores de saúde indígena

Em meio à crise humanitária, o governo prometeu acelerar recrutamento de médicos para distritos indígenas


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Em meio à crise humanitária relacionada ao povo Yanomami, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, nesta segunda-feira (23/1), 10 coordenadores de saúde indígena do Ministério da Saúde. As demissões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Os servidores foram destituídos dos cargos em Roraima – região visitada por Lula no meio da semana –, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Amazonas.

  

Tragédia Yanomami: Lula exonera 10 coordenadores de saúde indígena
Ricardo Stuckert/Secom
   

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 500 crianças Yanomami morreram por desnutrição. A situação trágica levou o atual governo a decretar estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território.

“Genocídio” e “crime premeditado”

Após visitar o povo indígena em Roraima, no sábado (21/1), Lula afirmou que o abandono dos Yanomami pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) é “um crime premeditado” e um “genocídio”.

O presidente também relatou o cenário crítico no qual encontrou os indígenas.

“Adultos com peso de crianças, crianças morrendo por desnutrição, malária, diarreia e outras doenças. Os poucos dados disponíveis apontam que ao menos 570 crianças menores de 5 anos perderam a vida no território Yanomami nos últimos 4 anos, com doenças que poderiam ser evitadas”, disse o petista.

Mais médicos

Em resposta à necessidade de esforços para combater a tragédia no povo Yanomami, o Ministério da Saúde anunciou no domingo (22) que por causa da desassistência sanitária da população do território Yanomami estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei).

Segundo a pasta, o recrutamento seria de médicos tanto formados no Brasil como no exterior, e a atuação seria de maneira permanente, inclusive no Dsei Yanomami, onde quase 100 crianças morreram no ano passado, segundo o Ministério dos Povos Indígenas. Os Dsei são unidades de responsabilidade sanitária federal e correspondem a uma ou mais terras indígenas.

Bolsonaro e Damares

No domingo, Bolsonaro rebateu os ataques que recebeu de Lula, que atribuiu a ele a culpa pela crise humanitária dos povos Yanomamis.

Em seu canal oficial no Telegram, Bolsonaro classificou as críticas e acusações imputadas a ele como “mais uma farsa da esquerda”, e destacou ações do governo dele no território indígena.

Fonte: Metrópoles


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