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(Atualizada às 8h21)
O médico Gilberto Albuquerque confirmou ao A10+ que pediu exoneração do cargo de presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina. A exoneração deve ser publicada ainda nesta terça-feira (6), no Diário Oficial.
O gestor alegou dificuldade financeira para manter os serviços de saúde e necessidade de mudança na chefia do órgão. O A10+ apurou que Gilberto já havia solicitado a sua saída há alguns dias e reiterou o seu desejo ao prefeito Dr. Pessoa no último sábado (3).
Gilberto citou que a FMS teve um trabalho intenso nos anos de 2020, 2021 e 2022 e que, segundo ele, muitas dificuldades foram ultrapassadas. Albuquerque negou que tenha sido "fritado" na PMT.
“Nós temos dificuldade em manter os serviços na situação que nós temos hoje, de recursos. Eu acho que está na hora de mudar. A Fundação já mudou sua diretoria toda, agora falta mudar só a presidência", disse.
Gilberto pontuou que continuará fazendo parte da equipe e não deixa nenhum racha com o prefeito Dr. Pessoa. Ele citou, inclusive, que está vendo com o gestor o novo substituto para comandar a FMS.
Antônio Gilberto Albuquerque Brito, de 56 anos, é natural de Esperantina. Ele é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Em 2007, participou da organização de abertura do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Em 2021, ele nomeado presidente da FMS após indicação pessoal do prefeito.
A Prefeitura de Teresina ainda não se pronunciou sobre o pedido de exoneração de Gilberto. O diretor-geral do Hospital Universitário, o médico Paulo Márcio, é um dos cotados para comandar a FMS.
Teresina enfrenta crise na saúde após interdição de hospital
Falta de insumos, profissionais, aparelhos e até soro. Essa foi a atual situação do Hospital do Buenos Aires, localizado na zona Norte de Teresina, interditado por 60 dias pelo Conselho Regional de Medicina no último dia 1º. No local, o relato é que o diretor-geral do hospital assumiu em janeiro deste ano, mas nunca foi visto. A recomendação do conselho é que a população procure um outro hospital da região para receber atendimento.
Após uma reunião com representantes do CRM, Ministério Público e o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, a interdição foi oficializada. A maternidade que funciona no local também foi interditada.
“Isso vem protelando, a gente fazendo as vistorias, mandado os relatórios e não tínhamos resposta. Tivemos que tomar a atitude de interdição. Ela é por tempo indeterminado, desde que eles comecem a cumprir aquilo que é determinado. Um óbito aconteceu. Sempre se pensa que o médico é que é culpado, mas o médico não é culpado, os culpados são os gestores que não tomam providência e não colocam o devido dentro da casa de saúde”, conta o presidente do CRM, Dagoberto Silveira.
Segundo o CRM, desde março deste ano foram feitas sete fiscalizações no local e a FMS foi notificada, mas o problema não vem sendo resolvido. O Ministério Público vai investigar as irregularidades e a morte de uma pessoa no hospital.
Fonte: Portal A10+