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Com a evolução da ciência, mais testes surgem para detectar, tratar e previnir doenças ainda na primeira infância. O teste da bochechinha tem sido um dos testes mais eficazes na detecção de doenças. À TV Antena 10, o neuropediatra Richello Lima explica quando o teste pode ser aplicado e que tipos de doenças ele pode detectar e ajudar a previnir, auxiliando em uma infância mais saudável.
"Ainda temos o teste do pezinho que é muito conhecido, mas tem algumas limitações pelo número de doenças que ele detecta e hoje temos o teste da bochechinha que é uma inovação genética. A gente detecta mais de 300 doenças, todas tratáveis, o método é fácil de ser coletado e a gente consegue, já que temos o diagnóstico, fazer o tratamento adequado e evitar sequelas dessas crianças. A gente tem o período de oito semanas para os primeiros trinta dias de vida, mas ele pode ser feito ao longo do primeiro ano de vida", afirmou o médico durante entrevista ao Bom Demais, da TV Antena 10.
Ele explica que o teste da bochechinha também auxilia na detecção dos erros inatos do metabolismo (EIM) e são distúrbios de natureza genética que geralmente correspondem a um defeito enzimático capaz de acarretar a interrupção de uma via metabólica.
"Principalmente as doenças genéticas, existem algumas doenças, chamadas erros inatos do metabolismo, em que a criança nasce com a deficiência de alguma enzima, que deve fazer a metabolização de algum elemento, mas ela pode nascer com a deficiência dessa enzima ou ausência dela. E aí aquele produto pode se acumular nessas células nervosas e gerar quadros neurológicos graves. A vantagem do teste da bochechinha é que a gente tem doenças tratáveis então a gente pode detectar de forma precoce e evita sequelas. Todas as doenças detectadas pelo teste da bochechinha são tratáveis", explica.
A surdez congênita pode ser identificada por meio do teste da bochechinha. Os fatores genéticos representam a maioria dos casos, que também podem ser ambientais, abrangendo entre 50% a 60% dos casos. Quando identificada precocemente a chance de surdez na criança, é possível realizar acompanhamento desde o início do seu desenvolvimento da linguagem, evitando, atrasos e comprometimentos. Essa possibilidade melhora a adaptação social da criança, impedindo que fique comprometida.
O teste também pode detectar doenças pulmonares como a fibrose cística, doença que afeta 70 mil pessoas em todo o mundo. A fibrose é considerada a doença genética grave mais comum na infância. Além de doença imunológica, mais de 40 doenças endócrinas, assim como doenças hepáticas e gastrointestinais, como a colestase, responsável por afetar o fluxo da bile no organismo e provocar problemas digestivos, dores abdominais, deficiências na absorção de vitaminas, vômitos e febre.
Fonte: Portal A10+