Mulher presa em operação era empregada doméstica e furtava joias da patroa, diz delegado; filha usava objetos e postava nas redes sociais

Filha da suspeita foi flagrada usando as joias furtadas e um comerciante do centro da cidade é apontado como receptador, segundo a Polícia Civil

Polícia Civil do Piauí (PCPI) detalhou, nesta terça-feira (04), a operação que resultou na prisão de mãe e filha suspeitas de envolvimento em uma série de furtos de joias em Teresina. Segundo o delegado Roni Silveira, a mulher presa trabalhava como empregada doméstica e aproveitava o acesso à residência da patroa para furtar peças de ouro. Parte dos objetos era repassada a um comerciante do ramo de ourivesaria, apontado como receptador.

De acordo com o delegado, a filha da empregada chegou a ser flagrada usando algumas das joias furtadas, o que ajudou a confirmar as suspeitas da investigação.

"Ela já vinha desconfiando há um tempo, mas culminou quando sumiram joias de valores mais expressivos. Ela conseguiu identificar que foi a funcionária dela, outros funcionários confirmaram que ela vinha subtraindo. Inclusive, em uma postagem nas redes sociais, uma das filhas ostentava um dos objetos de ouro subtraído", contou o delegado à TV Antena 10.


O delegado explicou que o comerciante preso atuava de forma consciente para apagar os rastros das joias furtadas. "A loja dele fica no centro, em um posicionamento muito estratégico. A atividade dele se resume apenas em comprar e dar uma destinação imediata, ou seja, ele praticamente desaparece com os bens. Ele compra sem procurar saber da procedência e vende sem fazer nenhum registro de venda. De alguns clientes, acreditamos que ele tinha ciência da procedência ilícita. Ele já tinha histórico anterior de envolvimento com subtração de ouro", destacou o delegado.

Segundo o delegado, a patroa da mulher já vinha desconfiando dos furtos havia algum tempo. A situação se agravou quando desapareceram joias de maior valor.

"Ela já vinha desconfiando há um tempo, mas culminou quando sumiram joias de valores mais expressivos. Ela conseguiu identificar que foi a funcionária dela, outros funcionários confirmaram que ela vinha subtraindo. Inclusive, em uma postagem nas redes sociais, uma das filhas ostentava um dos objetos de ouro subtraído", contou à TV Antena 10.

Operação “Ouro Sujo”

A Operação Ouro Sujo foi deflagrada nesta terça-feira (04) pela Polícia Civil do Piauí com o objetivo de reprimir crimes patrimoniais e desarticular um grupo envolvido em furtos qualificados, receptação e associação criminosa.

Durante as diligências, três pessoas foram presas: a ex-funcionária doméstica, a filha dela e o comerciante suspeito de receptar o ouro furtado. Segundo as investigações, o esquema funcionava há meses, e as joias subtraídas eram transformadas ou revendidas para dificultar a recuperação dos bens.