Polícia apura se houve legítima defesa em caso de segurança que assassinou morador em situação de rua em Teresina

A vítima era um homem que, embora tivesse residência, vivia nas ruas devido ao uso de drogas, segundo a polícia

A Polícia Civil do Piauí (PCPI) está investigando a morte de Francisco Menezes Costa, de 42 anos, homem em situação de rua baleado na sexta-feira (05), após uma discussão com um segurança nas proximidades da avenida Nossa Senhora de Fátima, no bairro de Fátima, zona Leste de Teresina. O caso está sob responsabilidade do delegado Francisco Costa, o Barêtta, que detalhou os primeiros levantamentos e afirmou que será apurado se houve ou não legítima defesa.

Segundo o delegado, o episódio ocorreu por volta das 22h de sexta-feira (05). A vítima era um homem que, embora tivesse residência, vivia nas ruas devido ao uso de drogas.  


"Esse caso aconteceu por volta das 22h, onde um rapaz, segundo consta, era morador de rua. Ele tinha casa, mas vivia na rua porque entrou para o vício das drogas e vivia com a companheira em uma casa abandonada na região. Ele comprava uns bombons e ficava vendendo na região; naquele dia uns moradores daquela rua discutiram com ele porque ele estava mexendo no lixo", disse o delegado Baretta.

Ainda conforme o relato policial, a discussão com moradores se intensificou e, na sequência, houve um desentendimento com o segurança, que terminou com o disparo fatal.

"Os moradores reclamaram e ele passou a dizer ofensas contra os moradores e saiu caminhando. Segundo relatos, o segurança reclamou e ele passou a ofender ainda mais. Ele chegou a exibir uma faca dizendo que era para o segurança. O segurança acabou sacando a arma e efetuando o disparo contra ele", detalhou Baretta.  

  

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TV Antena 10

   

O segurança envolvido no caso já foi identificado pela Polícia Civil e será ouvido no inquérito que apura o crime. O delegado explicou que a investigação levará em consideração aspectos técnicos e legais para avaliar se o disparo se enquadra ou não como legítima defesa.

"Tem que fazer um exame, a maneira como ele foi morto, a proporcionalidade, a razoabilidade. São dois princípios que aquilata a legítima defesa. Cada caso é um caso e a gente tem que analisar isso à luz do direito", acrescentou o delegado Barêtta.

A polícia segue investigando o caso.