Sebastião Valério dos Santos, vulgo Sebastian, foi preso por envolvimento na morte e esquartejamento de Silvana Rodrigues de Sousa, em julho deste ano, na região da Vila da Guia, zona Sudeste de Teresina. O indivíduo foi capturado no bairro Parque alvorada, na cidade de Timon, no Maranhão, na manhã desta quarta-feira (21).
De acordo com o delegado Bruno Ursulino, o suspeito tem características de grande crueldade em seus crimes, como o esquartejamento das vítimas. Ele é suspeito de ter cometido um assassinato, na cidade de São Raimundo Nonato, com as mesmas características.
"O Sebastian é um cara frio, que desvaloriza a vida humana, e já tem sua mente totalmente comprometida, deteriorada pelo mundo do crime. A gente espera que ele passe o máximo de tempo possível preso. A gente acredita que ele está desenvolvendo isso [do esquartejamento] como espécie justamente de ser identificado no meio criminoso, não no meio policial, mas de certa forma quer tentar ganhar valor junto aos outros criminosos com esse requinte de crueldade que ele exerce no momento de tirar a vida de uma pessoa", descreveu o delegado à TV Antena 10.
Diante da prisão ter ocorrido na cidade de Timon, em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo, ele responderá pela cidade vizinha. "Tão logo ele responda por esses crimes, a partir do momento que ele encerrar a conta dele com a justiça maranhense, então ele será recambiado para cá, para o Piauí, onde ele tem essa conta para fechar por dois homicídios aqui com a nossa justiça", concluiu o delegado.
Mais envolvidos
Segundo o delegado Bruno Ursulino, no total, seis pessoas estão envolvidas diretamente no crime. "A gente tem mais duas pessoas que tiveram participação ativa nesse crime. A princípio é interessante, a gente não divulgar, especificamente, os nomes, porque nesse momento as equipes se encontram em diligências, tentando encontrá-los. Dessas seis, são quatro maiores e dois menores. Os menores já se encontram devidamente apreendidos, os procedimentos relativos já encaminhados à justiça, e muito possivelmente devem responder e devem acabar recebendo da justiça a medida socioeducativa da internação", explicou.
Uma mulher identificada como Maria Clara seria a mandante do crime, conforme Ursulino. "Pelos depoimentos que foram tomados aqui, ela foi quem de fato orquestrou o crime. Ela escolheu o local onde tudo ia acontecer e foi quem de fato decretou e determinou todo o conjunto de ações. No momento em que se decidiu pelo esquartejamento, ela foi quem providenciou os sacos para poder enterrar e guardar os restos do corpo da Silvana", explicou.
Outras três pessoas foram retiradas do inquérito. "Uma agiu com omissão tendo em vista que tinha um imóvel que ficava sob sua responsabilidade, onde tudo isso aconteceu. Ela não se movimentou para impedir que acontecesse e temos duas pessoas que comprovadamente fazem parte do grupo criminoso, da organização criminosa, mas que naquele momento específico por se tratar de um Tribunal do Crime, eles não tiveram envolvimento ativo, porém eles tomaram conhecimento quando tudo acontecia e também não tomaram nenhuma providência", concluiu.
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