O senador Ciro Nogueira esteve nesta segunda-feira (17) no Bancada Piauí, da TV Antena 10, e conversou sobre o cenário político piauiense e nacional. O senador falou ainda sobre os planos e projetos para a próxima eleição e quem deve ser o nome para disputar a presidência contra o presidente Lula. Ciro comentou ainda sobre desafios e o futuro de políticos do partido Progressistas que decidiram apoiar o governo petista em 2024.
O senador falou ainda sobre o apoio que tem recebido dos prefeitos do Piauí; segundo ele, sua equipe levou obras e melhorias para todos os municípios do estado, o que teria ajudado com o seu reconhecimento.
“Temos apoio de 208 prefeitos, temos uma parceria, encontrei na minha aliança com os prefeitos uma forma de que o nosso trabalho chegasse à população. Nós conseguimos colocar obras nos 224 municípios e a maior parte deles reconhecem o nosso trabalho. Sei que existe uma preocupação muito grande só com eleição, a gente tem um estado com tantas carências e dificuldades, é o momento do quadro politico se unir e ajudar os prefeitos piauienses“, falou.
A eleição para governados do Piauí em 2026 também foi pauta da entrevista. Ciro criticou os últimos governos e contou que a oposição deve criar um projeto de transformação para o estado.
“Nós temos um desafio nessa eleição de criar um projeto diferente do que se encontra. Antes de escolher nome nos temos que escolher um projeto onde as pessoas se sintam representadas. Nós temos um grupo político que está à frente do Piauí há mais de 20 anos e veja os índices do estado, a falta de perspectiva. Eu estou disposto a liderar esse processo para que a gente possa ter um projeto político consistente, inovador e que as pessoas possam confiar nas eleições do próximo ano”.
Ciro também criticou a gestão de Rafael Fonteles. “Hoje você vê uma queda de popularidade muito grande do presidente Lula aqui no Nordeste, especialmente no Piauí, porque as pessoas culpam muito o Lula pelos preços da inflação, mas as pessoas precisam saber que o Piauí tem o segundo maior IMCS do pais e é por causa do Rafael Fonteles. São essas situações que precisam ser melhores explicadas e nós vamos construir um projeto político consistente para 2026”.
Questionado sobre quem poderia substituir o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma possível disputa contra o presidente Lula, Ciro contou que nomes estão sendo avaliados, mas que a prioridade é tornar Bolsonaro elegível novamente.
“Nós temos esse ano pra definir isso. Se ele ficar inelegível, foi um absurdo a inelegibilidade dele por ser condenado por conta de uma reunião com embaixadores. Tenho um projeto para tentar anistiar essa situação e se isso não acontecer até o final do ano nós temos que escolher o nosso candidato. Tem que dar tempo para fazer um candidato cair no gosto com seus projetos, bandeiras e isso não pode ficar em cima da hora. Temos que resolver isso esse ano”.
O senador contou ainda que tem o desejo de ser governador do Piauí, mas que não deve concorrer para o cargo agora. “Eu tenho dois sonhos que eu ainda quero realizar e um deles é governar o Piauí. Eu fiz a pesquisa agora e a população quer que eu continue como senador. Acho que ficaria um vício muito grande se eu saísse de Brasília, o Piauí perderia muito dessa capacidade que eu tenho de trazer recursos para o estados. Temos o nome da Gracinha, da Margarete; o Joel se eu fosse escolher seria para esse seu meu suplente caso eu me ausentasse, é uma pessoa de confiança. Quem vai decidir não sou eu, vai ser a população através de pesquisas”.
Ciro finalizou falando sobre a situação dos deputados Marden Meneses, Dr. Thales e Bárbara do Firmino, que fazem parte do progressistas, mas que decidiram apoiar o governo petista durante as eleições para a Prefeitura de Teresina.
“Eu não gostaria de expulsar ninguém, o partido nunca teve esse comportamento. São pessoas que tomaram um outro posicionamento. O mais natural é que elas saiam de comum acordo com o partido, ninguém vai pedir o mandado delas, tem todo o direito de sair, tomar outro caminho e que sejam felizes dessa decisão. Quem vai julgar isso é a população daqui 2 anos, se eles tomaram o caminho certo ou não, mas eles devem sair do partido sim”, finalizou.