Prefeitura de Teresina apresenta Orçamento Anual de R$ 5,6 bilhões para 2025

Segundo os números, FMS deve receber 29% a mais que neste ano. Orçamento no geral cresceu R$ 91 milhões

Uma audiência pública realizada nesta terça-feira (15), na Câmara Municipal de Teresina, ouviu os técnicos responsáveis pela elaboração do orçamento de Teresina para 2025. Segundo apurado pela TV Antena 10, as pastas da saúde e educação devem ficar com maior fatia do orçamento da capital, que está avaliado em cerca de R$ 5,6 bilhões. 

Os números mostram que o orçamento recebeu um incremento de R$ 91 milhões em relação ao do ano de 2024. Para o próximo ano, os valores repassados para a Fundação Municipal de Saúde (FMS) devem crescer 29% e para os da Secretaria Municipal de Saúde 23% a mais em relação ao deste ano.

  

Dinheiro Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
   

O vereador de Teresina Ismael Silva contou que a expectativa é que cortes sejam realizados em uma reforma administrativa para enxugar a máquina pública.

“Haverá uma reforma administrativa no ano de 2025 e dentre essas mudanças nós já estamos adiantando o fato de extinguir a Saad Sudeste II e de ficar apenas uma Saad Sudeste, como era antigamente. Vai ser feita também a devolução pra origem das pastas da SEMPI, por exemplo, retornar para dentro da Saad Rural, e a Secretaria Municipal de Economia Solidária passar a ser um braço da Secretaria de Desenvolvimento Econômico como era para que a gente tenha um enxugamento da máquina administrativa”, disse.

Estiveram na audiência pública representantes do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserm) e mães, que reclamam do fechamento do Centro de Convivência se mostraram abertos ao diálogo.

“Estivemos em uma reunião semana passada com a Socorro, que é a secretaria da Semcaspi e de acordo com ela os repasses nao estão sendo feitos. Depois de lá fomos até a prefeitura falar com o secretário de finanças sobre esse repasse e lá estão dizendo que esses repasses estão sendo feitos. Os centros estão fechados e crianças estão vivendo em vulnerabilidade porque não estão frequentando o Centro. Estão à mercê de viver na rua”, disse Patrícia Sousa.

Sinésio Soares, Diretor do Sindserm, disse em entrevista que o sindicato também busca um diálogo. Segundo ele, o Sindserm já denunciou casos em que os valores repassados para determinadas pastas foram utilizadas em outros locais.

“A gente quer tratar com a equipe de transição à respeito do próprio orçamento para o ano que vem. Sabemos que tem algumas verbas que são carimbadas e quando vão botar em execução elas são usadas para outras finalidades, como por exemplo as denúncias que nós fizemos que R$ 10 milhões da educação foram utilizados em asfalto. Houve também mais uma situação de compra ilegal de livros, a contratação de R$ 17 milhões de servidores terceirizados também sem licitação e às vésperas das eleições”, finalizou.